Alexandre Lima, de Brasiléia/Acre
Uma Portaria do Ministério da Saúde, sob o número 342/GM/MS, do mês de março de 2013, dão conta da liberação do processo de seleção dos municípios para que dessem início do cadastro e consequentemente, a construção e ampliação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nas respectivas cidades.
Na época, o estado do Acre foi selecionado com dois municípios, Rio Branco e Epitaciolândia. Sendo que a Capital construiu todas as unidades possíveis em vários bairros, onde está beneficiando centenas de munícipes com atendimento aprazível em várias áreas da saúde diariamente.
Nos seus 23 anos de emancipação, os epitaciolandenses nasceram na cidade vizinha de Brasiléia. Fato esse que gera revolta entre os moradores por não ter um local para levar suas gestantes, a não ser, o velho e sucateado hospital Raimundo Chaar.
O hospital regional que já deveria ter sido construído em Brasileia e estar funcionando, está ao menos com dois anos de atraso na sua construção e poderá custar mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos, sem uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), fazendo com que os pacientes com traumas graves sejam levados à capital continuamente.
A cidade de Epitaciolândia em questão, foi agraciada com o valor de R$ 2,2 milhões para que fosse construída uma UPA em Março de 2013. Sendo que a primeira parcela de R$ 220 mil reais já foi liberada para o Governo do Estado e nada ainda foi feito.
Importante lembrar que o Município já disponibilizou uma área sem ônus para que fosse construído a unidade de Saúde tão desejada . Caso não seja dada o início das obras, o dinheiro terá que ser devolvido e Epitaciolândia continuará sem sua UPA.
A exemplo da cidade vizinha de Brasiléia, o Governo do Acre deixou voltar quase R$ 1,5 milhões de reais para que fossem erguido a Biblioteca, além da reforma e ampliação do Parque Centenário, levando a crer que o governo do Estado não liga para as cidades que perdeu nas últimas eleições municipais e tem virado às costas.
Em conversa com assessoria da Secretaria de Saúde do Estado, disse que a obra da UPA ainda está dentro do prazo, podendo ser iniciada até o final do ano corrente. Confirmou que o município concedeu a concessão do terreno mas, não enviou os documentos oficializando a entrega.
Direito de Nascer – Em abril de 2013, a ex-secretária de Saúde, Suely Melo, anunciou a construção da UPA com uma Maternidade e assegurou que toda documentação necessária para dar início a licitação e assinatura da ordem de serviço, seria feita “nos próximos dias”.
Por falta de vagas no Cemitério os munícipes de Brasileia são sepultados em Epitaciolândia, e por falta de uma maternidade, os munícipes de Epitaciolândia nascem em Brasileia.
Segundo o prefeito André Hassem, os recursos de R$ 2,2 milhões destinados à construção de uma Unidade de Pronto Atendimento no município podem voltar por falta da ordem de serviço que deveria ter sido dada pelo governo do estado.
“Será que o município de Epitaciolândia vai perder uma UPA por falta de uma ordem de serviço?”, questionou o prefeito durante encontro da AMAC, em Rio Branco.
Cruzeiro do Sul – A placa colocada do lado de fora da área onde está sendo construída a UPA – nas proximidades do Porto do Buraco – informa que “não há vagas”, e não há mesmo, o canteiro não ver empregados desde agosto do ano passado. Desde que a empresa decretou falência, vem servindo de abrigos para marginais e até para o tráfico de drogas.
No dia em que anunciou os investimentos, o governador Sebastião Viana garantiu que a Unidade ficaria pronta com a capacidade de fazer pequenas cirurgias e atender estrategicamente 500 pessoas por dia, dos bairros Várzea, Telégrafo, Remanso, Cobal e Miritizal.
Colaboração: ac24horas.com