• Antonio Augusto/STF
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta terça-feira (2), durante julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que não é necessário “esforço intelectual extraordinário” para notar que o “processo criminoso” para instauração de um suposto plano de golpe de Estado no país “já estava em curso”.
“Não é preciso esforço intelectual extraordinário para reconhecer que quando o presidente da República e depois o ministro da Defesa convocam a cúpula militar para apresentar documento de formalização de golpe de Estado, o processo criminoso já está em curso”, afirmou.
De acordo com ele, neste processo, a “instauração do caos era explicitamente considerada a etapa necessária do desenrolar do golpe”.
“A instauração do caos era explicitamente considerada a etapa necessária do desenrolar do golpe, para que se atraísse a adesão dos comandantes do exército e da aeronáutica. Ao lado disso, a organização criminosa atuava em setores de inteligência para monitorar populações”, disse.
A Primeira Turma da Suprema Corte iniciou na manhã desta terça-feira (2), o julgamento que pode condenar os integrantes do chamado “núcleo 1” da denúncia da PGR.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus:
Bolsonaro e o outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:
A exceção fica por conta de Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão a ação penal contra o parlamentar. Com isso, ele responde somente aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Foram reservadas pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, cinco datas para o julgamento do núcleo crucial do plano de golpe. Veja:
Fonte: CNN