Gladson diz que reza para que o Acre não passe pela mesma situação do Amazonas: “Não temos condições”

Rio Branco é a cidade com o maior número de infectados. São 154 casos na capital, seguido por Plácido de Castro (20), Acrelândia (12), Cruzeiro do Sul (5), Senador Guiomard (2), Porto Acre (1) e Bujari (1).

Com Luciano Tavares e BdF

Em reunião virtual com deputados estaduais nesta quarta-feira (22), o governador Gladson Cameli foi realista ao dizer que pede a Deus que o Acre não passe a mesma situação de calamidade com o número de infectados e mortos do estado do Amazonas.

Cameli afirmou aos parlamentares que a Saúde do Estado não tem condições de suportar uma grande demanda de infectados, por isso a importância de as pessoas cumprirem a quarentena e as medidas de proteção contra o vírus.

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“A realidade é que a situação é gravíssima. Eu espero e rezo toda noite que a gente não chegue na situação que está o Amazonas. Porque nós, o sistema público de saúde não temos a condição de dar um atendimento.”

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O governador conversou com os deputados por videoconferência direto da Casa Civil. Ao lado dele estavam o conselheiro do governo, Normando Sales, e o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade.

O número de casos confirmados de Covid-19 no Acre saltou de 176 para 195 entre esta segunda e terça-feira, de acordo com o Ministério da Saúde. Oito pessoas foram mortas pela doença no Acre até agora.

Há 1.648 notificações e 1.178 casos descartados. Ainda de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde, 22 pessoas com o vírus estão internadas no estado e 64 são consideradas curadas pois não apresentam mais a Covid-19 no organismo.

Rio Branco é a cidade com o maior número de infectados. São 154 casos na capital, seguido por Plácido de Castro (20), Acrelândia (12), Cruzeiro do Sul (5), Senador Guiomard (2), Porto Acre (1) e Bujari (1).

Em Manaus com aumento das mortes, estão sendo enterradas as vítimas da covid-19 em valas coletivas

Grande número de sepultamentos no cemitério público Tarumã, na zona oeste da cidade de Manaus, levou Prefeitura a adotar a medida

Retroescavadeira abre vala coletiva em cemitério público na zona oeste de Manaus – Michael Dantas/AFP

Com o crescimento de mortes causadas pela pandemia do coronavírus, a Prefeitura de Manaus decidiu adotar o sistema de trincheiras para enterrar vítimas da covid-19 no Cemitério Público Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã, zona oeste da cidade.

Imagens e vídeos de diversos caixões sendo enterrados na vala coletiva circularam amplamente nas redes sociais na manhã desta terça-feira (21), com alerta de familiares sobre a necessidade da proteção contra a contaminação do novo coronavírus.

Em nota a Prefeitura afirma que a metodologia da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) é utilizada em outros países e que estão preservadas as identidades dos corpos e os laços familiares.

Segundo o órgão, há distanciamento entre os caixões e está sendo feita a identificação correta de cada sepultura.

Na segunda-feira (20), 156 óbitos foram registrados em Manaus.

A prefeitura de Manaus informou ainda que, devido aos recorrentes conflitos entre familiares e imprensa, o acesso ao cemitério Tarumã está restrito a cinco pessoas por família. A medida, segundo o governo, foi estabelecida com o objetivo de preservar a privacidade e o luto, além de considerar o risco de propagação do novo coronavírus.

Segundo dados da Fundação de Vigilância de Saúde (FVS), divulgados na segunda-feira (20), o estado do Amazonas tem 2.160 casos confirmados.

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Publicado por
Marcus José