Senador Ciro Nogueira, e o governador Gladson Cameli, os Progressistas do estado do Acre. Foto: assessoria
O governador do Acre, Gladson Cameli, deve ser o responsável por liderar a federação entre o Partido Progressistas (PP) e o União Brasil (UB), caso o acordo entre as duas legendas seja concretizado. A decisão foi tomada durante reuniões com as executivas nacionais dos partidos em Brasília. Cameli afirmou que ficou definido que os governadores terão o comando da federação nos estados.
“Foi isso que conversamos e decidimos: o comando do partido, a partir da federação, ficará com os governadores nos estados”, declarou o governador.
O PP já aprovou a continuidade das negociações para a formação da federação durante um encontro com lideranças na noite desta terça-feira (18). Participaram da reunião o vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene, e o vice-presidente regional do Progressistas, Lívio Veras. Agora, a decisão final depende da direção nacional do União Brasil, que ainda não se posicionou oficialmente.
No entanto, o senador Alan Rick (AC), do União Brasil, expressou ceticismo em relação ao sucesso da federação. Ele afirmou que, até o momento, nada foi definido e que a proposta dificilmente prosperará devido à falta de consenso entre as bases estaduais dos dois partidos.
“A proposta de criar uma federação entre PP e União Brasil não prosperará. A ideia seria boa se, primeiramente, houvesse a construção de consensos nos estados onde PP e União têm candidaturas próprias. Como isso não aconteceu e as divergências estaduais não foram resolvidas, a federação não avançará”, declarou Rick.
A formação da federação entre PP e União Brasil tem potencial para criar a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, além de garantir maior acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão. No entanto, as divergências internas e a falta de alinhamento entre as lideranças estaduais podem inviabilizar o acordo, que ainda depende da aprovação final do União Brasil.
Enquanto Gladson Cameli se prepara para assumir um papel central na possível federação, a incerteza sobre o futuro da união persiste, deixando em aberto os rumos da aliança que poderia alterar o cenário político nacional.