GIRO prende larápio após arrombar casa e pegar notebook para trocar por drogas

Gilson foi detido em flagrante após arrombar casa para furtar notebook – Foto: Alexandre Lima

“Na Bolívia é o que chamamos de cadeia. Lá temos que ralar para ter o que comer. Aqui (no Brasil) é tranquilo”

Alexandre Lima

Por volta das 21:30 desta terça-feira, dia 1, quando o Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva – GIRO, realizava ronda na cidade de Brasiléia, deparou andando por uma das ruas do Bairro Eldorado, um velho conhecido no mundo do crime com uma mochila nas costas que chamou atenção.

Gilson Cavalcante da Silva, que hoje tem 23 anos, já vem passeando pela Justiça acreana desde os 16, sendo preso por furtos e outros delitos. Sendo conhecido dos policiais, chamou atenção andando com a mochila nas costas e resolveram fazer uma abordagem.

Dentro havia um notebook com o carregador. Nada seria incomum senão fosse a pessoa que o carregava. Gilson é dependente químico, tudo que consegue é levado para ser trocado por entorpecentes no lado boliviano. Provavelmente esse seria o fim do equipamento.

Equipamento será entregue à vítima que estava na igreja no momento do furto

Sem muito dificuldades, os policiais souberam que o larápio havia arrombado uma casa a poucos minutos para furtar o equipamento. O proprietário teria saído para participar de um culto religioso e seu equipamento foi comprado a pouco dias.

O larápio foi preso em flagrante delito e levado à delegacia, onde o caso passa a ser de competência do delegado plantonista. O proprietário seria comunicado para que fosse restituído de seu equipamento.

Solto de Villa Bush a 4 meses

Em conversa com o larápio na delegacia antes de ser levado a uma das celas, Gilson comentou que esteve preso no lado boliviano, precisamente no presídio de Villa Bush, vilarejo distante cerca de 19 km de Cobija, capital de Pando (Bolívia).

Sua prisão ocorreu por furtos no lado boliviano e foi liberado a cerca de quatro meses. Segundo Gilson, o presídio boliviano é o que se pode chamar de prisão, já que os detentos tem que trabalhar para ter o que comer.

“Na Bolívia é o que chamamos de cadeia. Lá temos que ralar para ter o que comer. Aqui (no Brasil) é tranquilo”, debochou Gilson fazendo uma comparação entre os países.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima