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Futuro entrelaçado: Marcelo Braga fala sobre como a IA transformará o cotidiano

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Futuro entrelaçado: Marcelo Braga fala sobre como a IA transformará o cotidiano
Marcella Oliveira

Futuro entrelaçado: Marcelo Braga fala sobre como a IA transformará o cotidiano

Pouco antes do aniversário de dois anos do pequeno Marcelo, sua mãe, Suely, decidiu abrir uma loja de artigos para festas na Asa Norte, em Brasília. Ali, entre pratinhos, copos coloridos, bexigas e decorações temáticas, Marcelo mergulhou no universo do comércio, auxiliando no atendimento aos clientes e na gestão da loja.

“Lembro de separar os balões e talheres de plástico em dúzias para deixar pronto para a venda. Tinha contato com o cliente, ajudada a controlar o estoque e via meus pais cuidarem dos clientes e da gestão da loja.”, recorda. Sem nem imaginar, o hoje presidente da IBM Brasil, Marcelo Braga, tinha ali as primeiras conexões com o mundo de vendas, gestão de negócios e até mesmo ideias precursoras de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), que mais tarde se tornariam parte de seu repertório profissional.

Foi essa imersão no gerenciamento de negócios que despertou em Marcelo o interesse pelo Processamento de Dados na Universidade Católica de Brasília, onde também fez sua pós-graduação em Desenvolvimento de Sistemas. Braga ingressou no mundo profissional sendo estagiário no Serpro e, depois, bolsista na Embrapa, onde testemunhou de perto a revolução digital que estava apenas começando. “A Embrapa foi uma das primeiras empresas do governo a ter acesso à internet. E eu estava ali participando desse momento. Eu trabalhei na área de publicações, onde fizemos as primeiras obras digitais. Era a provocação de como fazer uma pessoa ter acesso a um conteúdo de forma mais simples, ajudando a catalogar as informações”, lembra, sobre meados dos anos 90.

Foto: Cortesia

Já graduado, recebeu o convite para participar de um processo seletivo na IBM. “Eu tinha 21 anos. Eles queriam uma pessoa que fosse vender soluções de gestão de dados para órgãos públicos e eu me senti super inseguro por não ter experiência na área comercial, apesar do background de comércio. Eu demorei três meses para aceitar”, lembra. A mãe teve um papel importante na decisão. “Ela me falou: ‘Filho, é uma empresa mundialmente conhecida. Na pior das hipóteses, você vai aprender muito e se der tudo errado, ainda estará muito novo para buscar outro desafio’. E aquilo me deu um estalo para aceitar”, conta.

O contato com colegas mais experientes não o intimidou. “Se experiência você só adquire vivendo, conhecimento você adquire ralando. E isso foi algo que eu fiz e faço na minha carreira, antes de existir esse conceito de lifelong learning”, revela. Na sua trajetória, se dedicou a expandir seu repertório , cursando marketing, finanças e gestão de empresas. “Eu acho que esse é o tripé que faz o mundo girar hoje: tecnologias, pessoas e gestão”, completa.

Aos 48 anos, Braga acumula 26 anos dedicados à IBM. Ele compartilha: “O mais gratificante é observar o impacto direto do nosso trabalho na vida das pessoas. Por exemplo, lembro-me do início da entrega do Imposto de Renda pela internet”. Entre 2003 e 2005, Braga viveu em São Paulo. De volta à capital em 2006, Braga assumiu a responsabilidade pelo atendimento aos bancos federais. “A complexidade de instituições muito grandes, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, foi uma escola fundamental para que eu conseguisse entender como essas coisas funcionavam e ganhar musculatura para poder voltar para São Paulo em 2015, como vice-presidente da área de vendas e de cloud da IBM”, conta.

Desde então, São Paulo se tornou o lar de Braga e sua família. Ao lado da mulher, Mariana Spezia, e seus filhos gêmeos, Lucas e Miguel, de seis anos, ele recorda com nostalgia suas raízes brasilienses. “Nasci em Anápolis (GO), mas fiquei lá literalmente 15 dias antes de chegar em Brasília”, diz. “Quando criança, morei no Lago Norte, na época quase não havia casas. Era uma liberdade, lembro de andar de bicicleta livremente na rua. Depois, mudamos para a Asa Sul”. No currículo escolar, os colégios Maria Auxiliadora e Leonardo da Vinci, e, depois, na Universidade Católica de Brasília. “Amo Brasília e sempre estou na cidade”.

Ele atribui sua trajetória de sucesso a dois fatores principais: sua curiosidade e as oportunidades que encontrou ao longo do caminho. “Brinco que devo ter mudado de empresa umas seis ou sete vezes sem ter trocado de CNPJ. A oportunidade de interagir com pessoas de alto nível intelectual e somado a complexidade do ambiente corporativo, moldou minha jornada profissional de forma significativa”, compartilha Braga.

Foto: Cortesia

Dados, IA e o futuro

A interconexão de tudo, alimentada por dados e impulsionada pela inteligência artificial, está redefinindo o panorama atual. E traz um alerta sobre o uso e proteção dos dados. Braga enfatiza: “os dados são o novo petróleo do mundo”, ressaltando a importância da conscientização sobre privacidade e regulamentações como a LGPD para garantir transparência e segurança diante do fácil acesso e processamento de informações no mundo digital. “A tecnologia não tem sentido por si só, mas um meio para resolver uma variedade de desafios”.

Quando se trata de Inteligência Artificial, Braga defende que não é mais uma visão de futuro, mas sim uma realidade presente. “A maior probabilidade não é a IA tirar o emprego de alguém, mas alguém que use a IA tirar o emprego de outro que não a utiliza. Ela traz produtividade e simplificação de tarefas cotidianas. É aceitar, abraçar e usá-la ao nosso favor”, acredita.

Olhando para o futuro, Braga prevê uma maturidade significativa no uso de tecnologias nos próximos três a cinco anos, juntamente com avanços na computação quântica. Ele destaca o potencial transformador dessas inovações, que prometem redefinir modelos de negócio, profissões e aspectos da vida cotidiana. “A computação quântica possibilitará processar grandes volumes de dados de maneira inédita, abrindo portas para a criação de novas moléculas, previsões meteorológicas precisas e detecção de fraudes em tempo real. No Brasil, algumas empresas já estão investindo nesse avanço tecnológico”.

Foto: Cortesia

Ao conversar com Braga, percebe-se que o menino curioso que observava atentamente tudo ao seu redor ainda está presente. Se por um lado sua trajetória profissional é um testemunho inspirador de como a determinação e a visão podem moldar não apenas uma carreira, mas também o futuro de uma indústria inteira, por outro, conseguimos ver um homem de família que também sabe viver longe de suas reuniões, podcasts e leituras digitais. “Valorizo cada momento que passo com meus filhos”, diz. O que ele quer deixar para seus herdeiros? A mesma lição que aprendeu com os pais e com a vida: “o mundo é cheio de oportunidades mas temos que nos preparar e se esforçar para que elas aconteçam”.

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Fonte: Nacional

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Acre tem quase 200 pessoas com nome ou sobrenome em alusão ao Natal

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), há 186 pessoas entre Natalinos, Natalinas, Natalícios, Natalícias e Natais

No Acre, há mais de 72 mil “Marias”, sendo o oitavo estado com mais registros em termos de proporcionalidade, e cerca de 25 mil “Josés”, ficando em nona posição neste mesmo quesito. Foto: captada 

Valeu, Natalina! Muitos brasileiros nascidos nos dias 24 e 25 de dezembro recebem nomes para homenagear a data alusiva ao nascimento de Jesus Cristo. No Acre, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), há 186 Natalinos, Natalinas, Natalícios e Natais.

Os dados fazem parte do banco de nomes do IBGE com base no Censo 2022 e abrangem os nomes e sobrenomes de todos os moradores dos 90,7 milhões de domicílios registrados, de 1940 até 2022.

No estado, o nome Natalino foi escolhido como primeiro nome por 57 pais e também se faz presente como sobrenome no registro de nascimento de 19 pessoas.

Já o nome Natal, especificamente, foi escolhido 27 vezes. Suas variações como Natalícios, por exemplo, foram registradas em 22 pessoas.

No Brasil, mais de 8 mil pessoas se chamam Natal. Outros 12.453 pessoas têm o sobrenome Natal, além de mais de 16 mil Natalinos e mais de 21 mil Natalinas.

Confira os principais nomes escolhidos em alusão ao Natal no Acre:
  • Natalino (1º nome): 57 pessoas
  • Natalino (sobrenome): 19 pessoas
  • Natalina (1º nome): 61 pessoas
  • Natal (1º nome): 27 pessoas
  • Natalício (1º nome): 22 pessoas
  • Natalícia (1º nome): 26 pessoas

No geral, os nomes José (masculino) e Maria (feminino) são os mais populares do Acre, segundo levantamento do IBGE, divulgado em novembro deste ano, a partir do Censo de 2022.

No Acre, há mais de 72 mil “Marias”, sendo o oitavo estado com mais registros em termos de proporcionalidade, e cerca de 25 mil “Josés”, ficando em nona posição neste mesmo quesito. Já na região Norte, o estado é o que mais tem registros proporcionais de ambos os nomes.

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Servidores do Estado terão ponto facultativo na sexta (26) e 2 de janeiro

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Decreto de Gladson Cameli prevê recesso prolongado entre Natal e Ano Novo; exceção vale para profissionais da saúde

Com a medida, repartições estaduais podem suspender o expediente nessas datas, mas os gestores de cada órgão têm autorização para convocar servidores, caso haja necessidade de funcionamento. Foto: captada 

Os servidores públicos estaduais terão ponto facultativo nesta sexta-feira (26) e no dia 2 de janeiro de 2026, conforme decreto publicado pelo governador Gladson Cameli. As datas, que ficam entre os feriados de Natal (25) e Ano Novo (1º), permitirão um recesso prolongado em ambas as semanas.

A medida, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta (19), autoriza os gestores a convocar servidores em caso de necessidade, sem compensação posterior de horas. No entanto, a regra não se aplica aos profissionais da saúde, que permanecerão em atividade normal em hospitais, UTIs, centros cirúrgicos e demais serviços médicos estaduais.

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Médicos vão reavaliar Bolsonaro na segunda sobre procedimento contra soluço

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Equipe decidiu testar novos medicamentos e ajustes na dieta antes de partir para um procedimento invasivo contra as crises de soluço

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) • Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta quinta-feira (25) que ele será reavaliado na próxima segunda-feira (29) para decidir sobre a necessidade de um procedimento mais invasivo para tratar crises de soluços persistentes.

O ex-presidente passou por uma cirurgia para correção de hérnia inguinal. Segundo os médicos, o procedimento ocorreu sem intercorrências e durou cerca de 3 horas. A equipe avaliava a possibilidade de ampliar a cirurgia para incluir uma intervenção contra as crises de soluço de Bolsonaro. Seria um “bloqueio anestésico do nervo frênico”.

No entanto, os médicos consideraram que seria uma intervenção invasiva e optaram por tentar um novo tratamento medicamentoso, aliado a um ajuste na alimentação.

“Vendo que há uma relação direta com a esofagite severa, preferimos otimizar a medicação, ajustar a dieta e observar a evolução nos próximos dias […] Até segunda-feira vamos ver como será a evolução clínica dele”, disse.

Ainda de acordo com a equipe, Bolsonaro deve ficar internado entre cinco e sete dias para cuidados pós-operatórios. Esse tempo pode ser maior se a intervenção para soluços for, de fato, realizada na segunda-feira.

A alta hospitalar, segundo os médicos, dependerá da evolução clínica e da capacidade de o ex-presidente retomar os cuidados básicos, como tomar banho e realizar o autocuidado. Questionados sobre a possibilidade de ele seguir para a Polícia Federal após a internação, os médicos afirmaram que ainda é cedo para avaliar e que tudo dependerá da recuperação nos próximos dias.

Bolsonaro já está acordado e permanece em um quarto do hospital, sem necessidade de UTI. “Agora deve se alimentar e, nos próximos dias, os cuidados serão voltados à analgesia, fisioterapia e à profilaxia de tromboembolismo venoso”, afirmaram os médicos.

Fonte: CNN

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