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Furtos de fios desafiam autoridades e prejudicam comunicação na fronteira do Acre

Sistema de segurança flagraram ladrão agindo com tranquilidade no Bairro Ferreira Silva, em Brasiléia

Cidades como Brasiléia e Epitaciolândia enfrentam uma onda de furtos de fios que afeta serviços essenciais e desafia a segurança pública.

Os furtos de fios seguem como uma preocupação crescente na fronteira do Acre, especialmente nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia. Os crimes, frequentemente cometidos por dependentes químicos, têm gerado prejuízos às empresas e comprometido os serviços de comunicação na região.

Por serem classificados como crimes de menor potencial ofensivo, os responsáveis muitas vezes são liberados poucas horas após a prisão, mesmo em casos de flagrante. Em alguns casos, criminosos chegam a torcer por passar um dia detidos, onde recebem alimentação básica antes de serem soltos novamente.

Dependentes químicos impulsionam mercado clandestino de cobre na região fronteiriça

A prática está sendo alimentada por um mercado clandestino do lado boliviano, onde os fios furtados são vendidos para ferros-velhos. O cobre extraído desses materiais se tornou uma moeda de troca entre dependentes químicos, muitas vezes sendo vendido por valores irrisórios, apenas para sustentar hábitos destrutivos.

No Bairro Ferreira Silva, parte alta de Brasiléia, um homem foi flagrado furtando fios de telefonia em plena luz do dia. As imagens mostram o indivíduo recolhendo os materiais com tranquilidade, guardando-os em uma sacola plástica antes de fugir sem preocupações.

Empresas sofrem prejuízos milionários com roubos enquanto criminosos saem livres em poucas horas

Para as empresas, o impacto financeiro é significativo. Além de arcar com os custos de reposição dos materiais roubados, elas enfrentam dificuldades para manter a comunicação eficiente na região. Enquanto isso, as autoridades tentam equilibrar o combate ao crime com os desafios impostos pelas limitações do sistema judicial.

A população segue refém de um problema que expõe a fragilidade do sistema de segurança e a dificuldade em enfrentar o ciclo de dependência e criminalidade que domina a região fronteiriça.

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Publicado por
Alexandre Lima