Acre

Foragido há mais de um ano, réu na ‘Chacina do Taquari’ participa de audiência por videoconferência

Promotor critica procedimento e chama participação de “desrespeito”

Mesmo foragido há um ano e cinco meses, Ronivaldo da Silva Gomes, réu no caso conhecido como “Chacina do Taquari”, participou da audiência de instrução e julgamento do processo por meio de videoconferência. O crime, ocorrido em novembro de 2022, resultou na morte de seis pessoas em um confronto entre facções criminosas no bairro Taquari, em Rio Branco.

A participação do foragido gerou indignação do Ministério Público do Acre. “Foi uma falta de respeito. Em um ato oficial da Justiça, um foragido participa tranquilamente, mesmo estando foragido”, declarou o promotor Ildon Maximiano, que se posicionou contra a realização da audiência. No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal, Robson Aleixo, argumentou que há jurisprudência permitindo a participação de foragidos em audiências judiciais.

Durante o interrogatório, Ronivaldo se recusou a revelar seu paradeiro, alegando que vem sendo ameaçado, e negou qualquer envolvimento no crime. Seu processo foi desmembrado dos demais réus, entre eles Davidesson da Silva Oliveira, conhecido como “Escopetinha”, Rony da Silva Matos, o “Tony Barroca”, José Werventon Nascimento Rocha, apelidado de “Raridade”, e Denilson Araújo da Silva, o “Jabá”.

A chacina ocorreu na noite de 3 de novembro de 2022, em uma casa na Travessa Morada do Sol, no bairro Taquari. As vítimas eram integrantes das facções Bonde dos 13 e Comando Vermelho. O caso segue em julgamento.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima