Focos de queimadas explodem no Acre e poluição do ar ultrapassa limites permidos pela OMS

Foto: Juan Diaz

Os acreanos vêm sentindo o impacto das queimadas na saúde desde o início do período de estiagem, e neste final de agosto vivenciam o ponto mais crítico das queimadas, com a fumaça invadindo todos os lugares. E fumaça que não é somente do Acre!

Os estados brasileiros vizinhos, Amazonas e Rondônia também estão registrando alta nos focos de queimadas e como o Acre faz fronteira com outros países, Bolívia e Peru, aqui respira-se também a fumaça internacional.

De acordo com o boletim de queimadas, divulgado diariamente pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) do governo do Estado, o acumulado de focos de queimadas no estado, do início do ano até esta quinta-feira (25) registrou 2.066 focos de queimadas segundo o Satélite de Referência (AQUA).

O município de Feijó continua apresentando maior percentual, 30% do total registrado no estado, com total de 634 focos, seguido por Tarauacá (18%) com 381 focos e Manoel Urbano (8%) com 171 focos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Foto: reprodução/purpleair

A qualidade do ar é considerada prejudical à saúde e grupos sensíveis podem sofrer efeitos mais graves. As leituras obtidas pelos sensores PurpleAir PA-II-SD de qualidade do ar que compõem a Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar estabelecida pelo Ministério Público do Estado do Acre – MPAC podem ser acessadas neste site: www.purpleair.com.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive recomendou novos valores-guia de qualidade do ar para proteger a saúde das populações, reduzindo os níveis dos principais poluentes atmosféricos, alguns dos quais também contribuem para a mudança do clima.

As recomendações, de acordo com a OMS “se baseiam em evidências claras que demonstram que a poluição do ar afeta diferentes aspectos da saúde humana mesmo em concentrações ainda mais baixas do que se acreditava”.

As últimas Diretrizes de Qualidade do Ar da OMS, publicadas em 2021, recomendam os seguintes limites de concentração para esses poluentes: Para PM 2,5: Média anual de 5 (microgramas/metro cúbico) µg/m3; Média de 24 horas: 15 µg/m3. Para PM10: Média anual de 15 µg/m3; Média de 24 horas: 45 µg/m3.

A concentração de Material Particulado PM 2.5 μg/m3 na capital Rio Branco, média para esta sexta-feira (26), de acordo com o Boletim do Cigma, é de 78, 63 pontos a mais do que o permitido pela OMS.

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