Filha de Molina diz que restos mortais do ex-senador serão sepultados em Cobija

Ex-senador da Bolívia, Roger Molina – Foto: Alexandre Lima

Daniela Molina, filha do ex-senador do Pando boliviano Roger Pinto Molina, o popular Chonta, asilado no Brasil há quatro anos, declarou ao jornal Los Tiempos, de Santa Cruz de La Sierra, que os restos mortais do pai serão levados para a cidade de Cobija, na fronteira com Brasiléia.

Molina morreu na quarta-feira, 16, quatro dias depois de sofrer um acidente aéreo em Luziânia. Após suposta pane no motor quando começava a ganhar altura, o pequeno avião pilotado pelo boliviano fez pouso de emergência que terminou em batida frontal contra o solo. Cabeça e tronco foram as partes mais afetadas pelo impacto.

Molina era um produtor rural que se elegeu deputado aos 38 anos. Antes do primeiro mandato de Evo Morales como presidente da Bolívia, elegeu-se senador e apoiou o governo. Bastou tornar-se opositor para virar alvo de denúncias de corrupção por venda de terras públicas que teria rendido US$ 18 mil. Alegou perseguição política e pediu abrigo na embaixada brasileira. E lá ficou por mais de um ano. Mas, na madrugada de 23 de agosto de 2013, ele e funcionários da embaixada, entre os quais fuzileiros navais e o embaixador interino, Eduardo Saboia, saíram da capital boliviana, numa viagem de 22 horas de carro, até Corumbá, no Mato Grosso do Sul. No Brasil, foi acolhido pelo senador acreano Sergio Petecão. Viveu escondido, com temor de retaliação do governo Evo Morales. Com informações do Correio Braziliense.

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Alexandre Lima