Faz um ano que Brasiléia sofreu sua maior catástrofe natural após 2012

Alexandre Lima, com Marcus José e Marquinho Filho

As imagens falaram por si. Nestes dias até aproximadamente o início de março de 2015, o centro da cidade de Brasiléia, localizada a cerca de 240km da capital, Rio Branco, recebeu um volume de água que chegou próximo a 13 metros, transformando sonhos de muitos moradores em pesadelos.

Isso pelo fato de estarem se recuperando de 2012, quando também foi assolada por outra alagação, que foi cerca de um metro e meio abaixo, mas, deixou um rastro de destruição tão igual quanto a de 2015. Neste meio, estava parte de Assis Brasil, a cidade vizinha Iñapari no lado peruano que foi atingida em quase 100%.

110km abaixo, o rio Acre assolava Brasileia e parte de Epitaciolândia. Cerca de três depois, foi a vez de Xapuri de registrar sua maior enchente desde sua fundação, segundo informações de alguns moradores antigos e as águas barrentas se juntou com as do Rio Xapuri, aumentando seu fluxo à capital, Rio Branco.

Em Rio Branco, outras milhares de famílias foram expulsas de suas casas em diversos bairros localizados na parte baixa da cidade. Somente após cinco dias, Brasiléia viu as águas do rio Acre iniciar sua vazante, para que os moradores vislumbrassem a destruição causada pela lama dentro de suas casas e comércios.

A partir daí, se iniciou uma nova batalha. Reconstruir tudo de novo. Muitos não tiveram nem por onde começar, uma vez que sua humilde moradia foi totalmente destruída e teve que ser levado para um abrigo improvisado.

Cerca de duas semanas depois, a população se viu sendo abandonada por quem deveria ajudar. O Governo do Acre, que fez festa com a chegada de caminhões e máquinas, se retirou alegando que não tinha mais dinheiro, uma vez que o Governo Federal, entendeu que não poderia mais mandar dinheiro e que a situação não era mais de calamidade.

O Município por sua vez, apenas com o pouco recebido, teve que arcar com toda, ou parte, da limpeza da cidade e iniciar planos quase impossíveis de reconstrução sozinho. É importante lembrar que o Governo do Acre, no ano de 2012, ajudou o Município disponibilizando maquinário e mão de obra por mais de três meses.

As promessas de construção de casas próprias para os desabrigados não saiu do papel e se junta aos comerciantes também, que teriam um local cedido na parte superior da cidade, com direito ao shopping popular.

Passado 12 meses, mesmo com previsão de falsos profetas de que haveria outra nova alagação bem maior, os moradores clamam por ajuda e que a cidade seja reerguida. Em tempo de comunicação rápida, protestos são organizados para que os poderes acordem e deixem as bandeiras de lado por senso comum; melhorias e uma cidade melhor.

IMAGENS DE IÑAPARI (PERU)

IMAGENS DE BRASILÉIA, ACRE

IMAGENS DE XAPURI

IMAGENS DE EPITACIOLÂNDIA

IMAGENS PÓS ALAGAÇÃO EM BRASILÉIA

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Alexandre Lima