O rapaz disse ao pai que precisava de ajuda, que ele entendeu ser financeira. Pires lembra que, ao longo dos anos convivendo com a dependência química do filho, costumava dar dinheiro. Porém, dessa vez, disse ao jovem que não ajudaria.
“Sempre ele ligava para mim, quando ele estava assim fora, ele ligava para a mãe dele também, mas para a mãe dele ele ligava querendo dinheiro para comprar droga. E às vezes, até que mandava para ele, não tinha como evitar isso. Às vezes a gente dava, às vezes não. Eu sei que nesse dia que ele ligou pra mim, no dia 10, eu estava chateado com ele. Eu disse: ‘meu filho, olha, infelizmente eu não posso mais ajudar você. Eu já fiz o que eu podia fazer por você. Agora, você se vira, toca a tua vida do jeito que tu quer, porque eu não tenho mais paciência para te ajudar’”, conta.
O pai lembra ainda que, ao se chatear, bloqueou e apagou o número do qual o jovem ligou. Depois disso, a família não teve mais notícias dele.
Com o retorno da preocupação, a família decidiu procurar a Delegacia da 1ª Regional de Rio Branco para registrar o desaparecimento de Carlos. De acordo com o delegado Karlesso Nespoli, coordenador da unidade ainda não há informações sobre a localização do rapaz.
Além de registrar o desaparecimento, a família decidiu divulgar o caso nas redes sociais para pedir que quem tiver informações sobre Carlos entre em contato. Após a publicação, segundo Pires, uma conhecida do rapaz procurou a família para dizer que, no dia 17 de setembro, o viu na região do bairro Seis de Agosto, e que ele estava sujo e descalço.
Agora, a família faz buscas por conta própria na região. Quem avistar ou souber informações sobre Carlos pode comunicar a polícia ou entrar em contato com a família pelos números (68) 98402-9806 ou (68) 98403-9146.
“O problema dele é complicado mesmo. Mas a gente pede a divulgação desse desaparecimento dele porque se trata de um ser humano. Mas para nós, a família, eu como pai dele, a vida dele, para mim, é o que importa”, finaliza.