O Ministério Público do Acre (MP-AC) recorreu da decisão que condenou o ex-sargento da Polícia Militar Erisson de Melo Nery a oito anos de prisão em regime semiaberto pela morte de Fernando de Jesus, de 13 anos, em 2017, e também pediu que o acusado seja preso. O g1 não conseguiu contato com as defesas dos réus até a última atualização desta reportagem.
Erisson Nery foi condenado em novembro deste ano por ter matado o adolescente que, naquela ocasião, tentou furtar a casa dele. Apesar da sentença, Nery responde em liberdade. O outro denunciado, Ítalo de Souza Cordeiro, foi absolvido pelo crime de fraude processual na mesma decisão assinada pelo juiz Robson Ribeiro Aleixo. O ex-sargento ainda foi condenado ao pagamento das custas processuais, já o outro réu foi isento em razão da absolvição.
O recurso do MP, assinado pelo promotor Carlos Pescador no dia 27 de novembro, invoca o artigo 593 do Código de Processo Penal (CPP) em trecho que trata sobre “patente erro e injustiça no tocante à aplicação da pena”. Conforme apurado pela reportagem o MP pretende que a pena seja ampliada para entre 10 e 11 anos, e que a sentença seja cumprida em regime fechado.
A defesa de Nery também recorreu, e a Justiça abriu vistas para que ambas as partes apresentem suas razões dentro do processo.
O advogado Walisson Reis, que atuou como assistente de acusação em nome da família do jovem, também informou que a família busca o pagamento de indenização do estado por danos morais, com o argumento de que o assassinato de Fernando causou transtornos emocionais à família do menino.
No pedido, o defensor pede as seguintes indenizações: