Falta de empregos poderá aumentar população de haitianos na fronteira

Desinteresse por empresas poderá gerar problemas sociais e aumentar gastos

Alexandre Lima

Cerca de 700 haitianos estão em Brasiléia, juntamente com outros refugiados – Foto: Alexandre Lima

As informações não são nada animadoras. A falta de procura por mão-de-obra por empresas de estados do Brasil nos últimos meses, está aumentando a preocupação por parte dos órgãos do Estado do Acre, que vem tentando de alguma forma, ajudar os haitianos que estão chegando.

Talvez hoje, seja o maior número de refugiados já cadastrados pelo representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH, que chegam aos 700. Ele forneceu os seguintes dados:

Atualmente 700 haitianos, incluindo 120 mulheres e crianças; 400 ainda sem CPFs.

A Policia Federal está processando 10 por dia e já chegou a cadastrar cerca de 50. O atual Organizador Científico do MAP e professor Irving Foster Brown, esteve visitando o local onde foi transformado em abrigo para os refugiados que estão a espera dos documentos.

Além de haitianos, existem no abrigo:

14 de Senegal;

02 de Nigéria;

01 de Bangladesh;

07 da Republica Dominicana;

Usando dados de CPFs emitidos pela Policia Federal:

Entre 2010 e 2011: chegaram 1.599 haitianos em Brasileia

2012: 1.900 haitianos

De 1º de Janeiro à 15 Março de 2013: 1.800 CPFs foram emitidos

Atualmente 400 esperam CPFs

2.200 haitianos e outros foram beneficiados até agora.

Gasto com a comida: R$ 9.000 reais por dia

Segundo Foster, o que vem preocupando o representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em Brasiléia, Damião Borges, é a procura dos empresários enquanto cerca de 30 haitianos estão chegando por dia na fronteira.

Foi levantado que, cerca de 40% destes que entraram no Brasil por Brasiléia, podem custear suas viagens para outros estados depois de receber seu CPF. No entanto, cerca de 60% estão a espera de empresas para os levarem à frente de trabalho.

“Se diminuir a busca de haitianos e continuar a chegada rápida de haitianos, é possível que vai expandir rapidamente a população de imigrantes em Brasileia, além da capacidade institucional para cuidar deles”, comentou Foster.

Outros fatores que vem preocupando, seria a chegada de haitianos com problemas de saúde, que vão desde uma simples alergia, até deficiências pessoais. Para estes, o campo de trabalho se torna um impecílio.

Recentemente, autoridades do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Consulado e Secretários estiveram visitando os refugiados em Brasiléia e os brasileiros presos no presídio de Villa Bush, em Pando (Bolívia)

 

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