Brasil
Falas de Lula sobre lei trabalhista, teto de gastos e regulação da mídia trazem insegurança ao mercado
Desde o 2º turno, Lula tem abordado questões que levantam aversão dos mercados financeiro e empresarial a sua gestão

O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO – 10.11.2022
Antes mesmo de assumir a Presidência, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem levantado desconfianças sobre a sua futura gestão em meio aos mercados financeiro e empresarial após declarações sobre prioridades sociais, regras fiscais, mídia e teto de gastos. Declarações do petista desde a campanha para o segundo turno das eleições têm gerado apreensão no setor.
No discurso mais recente, na última quinta-feira (10), Lula fez declarações sobre prioridades sociais e criticou as regras fiscais. “Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse país?”, questionou Lula. “Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste país?”, disse.
A declaração fez o dólar disparar 3% e levou o Ibovespa, o principal índice do mercado acionário brasileiro, abaixo dos 110 mil pontos pela primeira vez desde o fim de setembro.
A moeda americana disparou 2,81%, sendo vendida a R$ 5,328. Já a Bolsa operou em queda de 2,89%, aos 110.300 mil pontos. O dólar, por sua vez, chegou a R$ 5,358 também logo após a fala de Lula.
“Os sinais são péssimos”, declarou Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, no dia do discurso.
Para Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, o mercado já estava estressado com o IPCA acima das expectativas e as sinalizações no campo fiscal na véspera, e as declarações de Lula minaram ainda mais o humor dos agentes financeiros.
Teto de gastos
O discurso do presidente se refere também à PEC de Transição, elaborada para garantir gastos acima do teto de gastos com promessas de campanha na área social, como a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e o complemento de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos de idade.
Para especialistas, a PEC é um dos grandes motivos de apreensão. O reflexo natural seria a cobrança de juros mais altos, fazendo com que o Executivo precise destinar uma parte maior da arrecadação futura para honrar com o pagamento de dívidas. “Assim, deixa-se menos para despesas discricionárias. Esse impacto só será minimizado se o país crescer mais que os 2,5% estimados no PLOA (Proposta da Lei Orçamentária Anual), o que me parece bastante improvável”, avalia Rafael Miranda, mestre em economia pela FGV.
Um cenário possível a partir do próximo ano, levando em conta as projeções de recessão, segundo Miranda, é que as famílias mais vulneráveis aumentem o poder de consumo. No entanto, sem uma produção compatível, os preços dos produtos sobem, acarretando em aumento da inflação. O movimento do Banco Central pode ser, então, o de elevar a taxa Selic, subindo as taxas de juros e dificultando empréstimos e financiamentos.
Lei trabalhista
Críticas à reforma trabalhista também repercutiram mal, desta vez no meio empresarial. Lula afirmou que a legislação teria que ser rediscutida. Ele destacou que é a favor da modernização das leis trabalhistas, mas que o trabalhador não pode abrir mão de direitos. A possibilidade de rediscutir o texto da reforma foi mal recebida no setor.
A reforma foi aprovada pelo Congresso Nacional depois de meses de discussão do governo com parlamentares, sindicatos de trabalhadores e patronais. O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Valente Pimentel, destacou que a indústria defende a reforma de 2017.
Para Pimentel, o texto trouxe segurança jurídica e modernizou as leis trabalhistas, garantindo direitos constitucionais como o salário mínimo, o FGTS e as férias. “A reforma não pode ser boa para um lado e ruim para o outro. Ela preservou os direitos fundamentais e trouxe mais segurança jurídica, ao mesmo tempo que se ajustou no âmbito das novas formas de trabalho, que vão continuar mudando”, argumentou.
Censura
A 12 dias do segundo turno, em entrevista no Flow Podcast, Lula comentou sobre a regulamentação da mídia. Segundo ele, “tem canal de televisão que só fala asneira” e defende modelos como na Inglaterra e nos Estados Unidos.
“Tem canal de televisão que só fala asneira, grosseria, só ofende. Tem que ter uma regulamentação, a última regulamentação de mídia eletrônica foi em 1962. A gente pode fazer como a legislação inglesa, a americana, ninguém quer uma regulamentação como Cuba”, disse.
A ameaça de um novo marco regulatório para os meios de comunicação já teria sido elaborado e é defendido como uma das prioridades do novo governo. Para o jurista Ives Gandra Martins, a intenção, caso concretizada, seria inconstitucional. “Todos os governos totalitários começam por regular a mídia, por não permitir a liberdade de expressão”, pontuou.
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Brasil
‘Uma menina meiga e de igreja’: saiba quem era a garota morta por pastor na Grande BH
‘O sentimento é de revolta por saber que quem fez isso com ela foi alguém que tinha bom relacionamento com a família’, disseram moradores

Stefany Vitória foi encontrada morta em área de mata. Foto: cedida
O Tempo
“Uma menina meiga e de igreja.” É dessa forma que amigos de Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, dizem que vão se lembrar da adolescente, encontrada morta em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta terça-feira (11 de fevereiro). O pastor João das Graças, de 54 anos, conhecido da família da vítima, confessou à Polícia Civil ter matado a garota, conforme o boletim de ocorrência.
“Eu vi a Stefany crescer. A mãe dela mora uma rua abaixo da minha. Uma menina meiga e de igreja. O sentimento é de revolta por saber que agora ela está morta e que quem fez isso com ela foi alguém que tinha bom relacionamento com a família. O nosso bairro está de luto por esse crime horrível”, lamenta a dona de casa Kelly Suelen, de 37 anos.
Outra moradora relatou, sob anonimato, que se lembra do momento em que a família de Stefany se mudou para o bairro Metropolitano. “Ela era tão novinha. Acompanhei o crescimento dela. Uma garota muito educada. Difícil acreditar que perdemos nossa menina. Mais difícil é saber que o pastor teve a coragem de fazer isso com ela”, afirmou.
“Jamais imaginávamos”
A dona de casa Kelly relata que, ao ficar sabendo do crime e do possível envolvimento do líder religioso no homicídio, não conseguia acreditar. “Ele se fazia de bom homem. Dava festas no Dia das Crianças, distribuía marmitas. Nunca ninguém desconfiou dele. Nós estamos em choque. Ele acabou com nosso bairro e com toda a comunidade com uma atrocidade dessas. Isso nunca tinha acontecido”, disse.
Pastor confessa o crime
O pastor João das Graças confessou ter assassinado a adolescente Stefany Vitória. O crime ocorreu no último domingo (9 de fevereiro) e foi registrado em boletim de ocorrência. O suspeito foi preso nesta terça-feira.
Segundo o documento da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), testemunhas relataram ter visto a menina entrando em um carro no dia do crime. Outra pessoa informou que um homem foi visto agredindo uma mulher na mesma região.

O pastor João das Graças confessou ter assassinado a adolescente Stefany Vitória. Foto: cedida
A partir da placa do veículo identificada por uma das testemunhas, os policiais chegaram ao suspeito e entraram em contato com sua esposa. Ela informou que o marido, que atuava como pastor na cidade, estava desaparecido desde domingo — mesma data do sumiço de Stefany.
Com essas informações, a polícia iniciou as buscas e localizou o homem na casa de sua mãe. De acordo com o boletim de ocorrência, ele não ofereceu resistência e confessou o assassinato, chegando a indicar o local onde teria deixado o corpo da adolescente.
O corpo de Stefany foi encontrado em uma área de mata, na divisa entre Esmeraldas e Ribeirão das Neves, próximo ao bairro onde tanto ela quanto o suspeito moravam. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Com informações de Juliana Siqueira e Rayllan Oliveira
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Família do ex-prefeito de Rodrigues Alves vendia do prego à gasolina para a gestão municipal; PF investiga o caso
Rodrigues Alves teve dois prefeitos. Sebastião Correia, que morreu em julho de 2020 e seu vice, Jailson Amorim, cunhado de Marcio. Jailson foi eleito em 2020 e, no ano passado, conseguiu eleger o sucessor, Salatiel Magalhães

A Polícia Federal deflagrou a Operação AgroFuel, com o propósito de combater fraude no fornecimento de combustíveis e lavagem de dinheiro em Rodrigues Alves. Foto: cedida
O empresário Márcio Queiroz, dono de um posto de combustível em Rodrigues Alves, casado com a irmã do ex-prefeito Jailson Amorim, foi um dos alvos da Polícia Federal nesta terça-feira (11). Além de combustível, ele vende ferragem, outros itens de material de construção e gêneros alimentícios, sendo um dos principais fornecedores do município.
Nas redes socais de Márcio, ele aparece em uma fazenda com cavalos e gado. No período de 2018 a 2022, citado pela PF, Rodrigues Alves teve dois prefeitos. Sebastião Correia, que morreu em julho de 2020 e seu vice, Jailson Amorim, cunhado de Marcio. Jailson foi eleito em 2020 e, no ano passado, conseguiu eleger o sucessor, Salatiel Magalhães.
O secretário de Finanças de Rodrigues Alves, Iranilson Nunes, disse que a Polícia Federal não esteve na sede da prefeitura do município.

Os materiais apreendidos serão analisados pela equipe policial para aprofundar a apuração dos fatos e identificar possíveis outros envolvidos. Foto: internet
Operação AgroFuel
A Polícia Federal deflagrou a Operação AgroFuel, com o propósito de combater fraude no fornecimento de combustíveis e lavagem de dinheiro em Rodrigues Alves.
A investigação policial constatou que empresa que manteve contrato com a município de Rodrigues Alves entre os anos de 2018 e 2022 emitiu notas fiscais indicando quantidades de combustíveis muito superiores ao efetivamente fornecido no período. Conforme cálculos estimativos, nesses cinco anos, o superfaturamento em desfavor do ente público chegaria a mais de 715 mil litros de combustíveis.
Foram cumpridos dois mandados judiciais de sequestro de bens, que resultaram na apreensão de um veículo, mais de 1.700 cabeças de gado e o montante próximo a R$ 580 mil em ativos financeiros, totalizando um bloqueio patrimonial no valor aproximado de R$ 4,3 milhões.
Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Os materiais apreendidos serão analisados pela equipe policial para a devida apuração dos fatos e de eventuais outros partícipes.
Os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa, com penas somadas chegando até 17 anos de prisão.

Foram cumpridos dois mandados judiciais de sequestro de bens, que resultaram na apreensão de um veículo, mais de 1.700 cabeças de gado e o montante próximo a R$ 580 mil em ativos financeiros. Foto: cedida
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Prefeitura de Xapuri divulga resultado final do processo seletivo
O processo seletivo tem como objetivo o preenchimento de vagas em diversas áreas da administração municipal, conforme necessidade da gestão

O processo seletivo tem como objetivo o preenchimento de vagas em diversas áreas da administração municipal, conforme necessidade da gestão. Foto: arquivo
A Prefeitura de Xapuri, por meio da Comissão do Processo Seletivo Simplificado, tornou público nesta terça-feira, 11, o resultado final da análise curricular e as respostas aos recursos interpostos pelos candidatos do Edital nº 001/2025.
Com a divulgação, os candidatos já podem conferir a listagem final e verificar sua classificação no certame. O processo seletivo tem como objetivo o preenchimento de vagas em diversas áreas da administração municipal, conforme necessidade da gestão.
A publicação representa a reta final do processo de seleção, e os aprovados devem aguardar as próximas etapas, que podem incluir convocação para entrega de documentação e assinatura de contrato.
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