Nova projeção do mercado mostra que o índice oficial de preços vai fechar o ano acima do teto da meta pela terceira vez seguida
Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela segunda vez seguida, suas projeções de alta para a inflação deste ano. O grupo também observa uma variação maior dos preços em 2024.
As previsões divulgadas nesta segunda-feira (11) mostram que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai encerrar 2023 com alta de 4,93%, ante variação de 4,92% estimada na semana passada. Há um mês, era esperado um avanço de 4,84% dos preços.
Se confirmada, a expectativa mostra que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). A projeção atual aparece a menos de 0,1 ponto percentual do limite.
No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado no início deste mês, o BC calcula que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 83% para 61%.
Para o mês de agosto, a previsão é que o IPCA apresente uma alta de 0,26% na divulgação a ser feita nesta terça-feira (12), o que representará um ganho de força ante o avanço dos preços de julho (+0,12%). Em setembro e outubro, as projeções são de alta do índice oficial de preços de, respectivamente, 0,41% e 0,39%.
As expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2024 avançaram, pela terceira semana seguida, de 3,88% para 3,89%. Já para 2025 e 2026, as previsões permanecem estáveis em 3,5% para ambos os anos.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar subiu para R$ 5. Entre os preços administrados, a expectativa subiu pela sétima vez seguida e passou para uma alta de 10,1% neste ano.