Boletim epidemiológico aponta 6.904 casos suspeitos de dengue no estado; secretaria alerta para a importância de eliminar criadouros do Aedes aegypti para conter avanço das arboviroses
Além da dengue, o boletim epidemiológico também traz dados preocupantes sobre outras arboviroses. Os casos de Chikungunya tiveram um aumento de quase 38% em relação a 2024, com 324 ocorrências registradas e 16 confirmações, sem óbitos.
O Acre enfrenta um aumento alarmante nos casos de dengue em 2025. Nas primeiras dez semanas do ano, os registros da doença dispararam 191% em comparação com o mesmo período de 2024, segundo o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do estado (Sesacre). Até 11 de março, foram contabilizados 6.904 casos suspeitos, com 2.353 confirmações e três óbitos. No ano anterior, no mesmo intervalo, o estado havia registrado 2.369 ocorrências prováveis.
Os sorotipos circulantes da dengue no Acre continuam sendo o DENV-1 e o DENV-2, diferentemente de estados como São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, onde já foi identificada a presença do sorotipo 3, contra o qual a população ainda não possui imunidade. A Sesacre reforça a necessidade de intensificar as ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Além da dengue, o boletim epidemiológico também traz dados preocupantes sobre outras arboviroses. Os casos de Chikungunya tiveram um aumento de quase 38% em relação a 2024, com 324 ocorrências registradas e 16 confirmações, sem óbitos. Já o Zika vírus apresentou uma variação positiva de 220%, com 93 casos suspeitos e 10 confirmações, também sem mortes.
A Sesacre alerta que a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, como recipientes com água parada, continua sendo a medida mais eficaz para prevenir a proliferação do mosquito e, consequentemente, o avanço da dengue, Chikungunya e Zika. A população é convocada a redobrar os cuidados, mantendo ambientes limpos e secos, especialmente em períodos chuvosos, quando o risco de acúmulo de água aumenta.
As autoridades de saúde seguem monitorando a situação e reforçando as ações de combate ao mosquito, além de ampliar o atendimento médico para os casos confirmados das três doenças. A prevenção, no entanto, continua sendo a principal arma para evitar uma crise ainda maior no estado.
A Sesacre alerta que a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, como recipientes com água parada, continua sendo a medida mais eficaz para prevenir a proliferação do mosquito e, consequentemente, o avanço da dengue, Chikungunya e Zika.