O processo judicial já vinha correndo a oito anos. O ex-gestor disse que não aceitaria nenhum ano dentro do presídio, enquanto o vice-presidente pedia que a Justiça da Bolívia fosse implacável
Alexandre Lima, da redação
Leopoldo vinha sendo acusado dos delitos de assassinato, terrorismo, homicídio, associação delituosa e lesões graves e leves. Todo o processo vinha se estendendo desde 2008, quando teve que superar vários incidentes.
Um dos advogados de Leopoldo, Kerlos Brito, comentou a imprensa local que, até quarta-feira da próxima semana, estará realizando uma leitura completa do caso, para analisar os argumentos para elaborar uma apelação.
“Leopoldo não tem nenhuma responsabilidade, lamentavelmente isto não foi considerado pelo tribunal”, explicou o jurista e adiantou que uma nova batalha acontecerá para reverter a decisão assumida pela instância.
Junto com o Leopoldo, outros acusados receberam penas menores, Herman Justiniano oito anos, Edwin Ventura nove anos e Marcelo Mejido, cinco anos. Toda a deliberação das autoridades judiciais durou mais de duas horas.
A causa foi iniciada pela morte de 13 camponeses e defensores de causa no dia 11 de setembro de 2008. Durante confronto, aconteceu troca de tiros e várias pessoas foram mortas na região de Porvenir, distante cerca de 35 km de Cobija, quando tentavam chegar na cidade apoiadas pelo governo, afim de tentar tirar Leopoldo da prefeitura, por ser oposição ao governo de Evo Morales.
Dias depois, numa grande operação militar onde invadiram o prédio do governo no centro de Cobija, Leopoldo foi preso e levado para La Paz onde se encontra até hoje acusados de ser o mandante. Após a divulgação da sentença, disse que não aceita ficar um dia no presídio e irá recorrer a outras instancias e não descarta que irá ao âmbito internacional.
O ex-governador acumula oito anos desde sua prisão em 2008 e teria que ficar mais sete dentro do presídio. Desde 2013, devido um delicado problema de saúde, Leopoldo recebeu o direito de ficar em prisão domiciliar; antes, esteve no cárcere paceño e de Chanchocoro.
Com agencias