Da Assessoria
Por falta de prestação de contas do recurso do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), enviado pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 172 mil reais, para as escolas rurais e urbanas do município de Brasiléia, no período de 2015, a prefeitura está com este recurso bloqueado.
O recurso do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é usado para manutenção adequada dos espaços e atendimento pedagógico, e para garantir uma educação de qualidade aos alunos. O recurso é gerido pelo Conselho Escolar de cada escola mais a prestação de contas, é de responsabilidade da secretaria municipal de educação.
A falta de prestação de contas de 2015 poderá prejudicar os mais de 3 mil alunos do município, que já estão matriculados. O ano letivo na zona rural começa no dia 6 de março, e na zona urbana, dia 20 de fevereiro.
Indagada pelos gestores sobre o repasse do recurso do PDDE, a secretária de educação, Ramiege Rodrigues, após uma minuciosa busca, descobriu que a prestação de contas não havia sido feita e que o recurso estava bloqueado. Essas informações também não foram repassadas para a equipe de transição. Após tomar conhecimento dessas informações, foi dado um prazo de 5 dias úteis, para que o ex-gestor apresente as referidas prestações.
A secretária então convocou todos os gestores das escolas, a representante do Sinteac, Saida Jafuri, e do Conselho Municipal de Educação, Merijulia dos Santos, para expor a situação crítica vivida hoje pela educação.
“O recurso do PDDE, que deveria ser recebido pelas escolas em 2016, foi bloqueado porque a prestação de contas de 2015 não foi feita pela gestão anterior. As escolas apresentaram suas prestações de contas junto a secretaria, a ex-gestão é que, de forma negligente, não prestou conta ao Ministério da Educação, com isso bloqueou o recursos de 2016, e consequentemente o de 2017. Nós estamos enfrentando muitas dificuldades e estamos buscando formas e maneiras, inclusive jurídica, para solucionar esse problema e garantir a liberação desse recurso”, falou a secretária.
Outro problema é o transporte escolar, pois, da frota de 10 ônibus, 5 estão funcionando em condições precárias, e precisando de manutenção urgente, e os outros estão sem condições de uso. Isso prejudica os alunos que precisam desse transporte.
Vera Lúcia Conceição silva, Diretora da escola Os Pastorinhos, conta com 262 alunos matriculados, e falou da grande preocupação com esse bloqueio.
“A escola sobrevive desse recurso e foi uma grande surpresa saber que nós não temos esse recurso para iniciar o ano. As escolas serão prejudicadas e nossas crianças não terão o material que elas necessitam”, disse.
Edson Ferreira de Oliveira, Diretor da escola Waldomiro Ferreira Barroso, localizada no ramal do 19, também falou dessa situação que prejudica a todos.
“Em 2016 eu trabalhei com muita dificuldade. Eu não sabia desse recurso e com essa notícia fiquei abalado. Realmente, isso vai dificultar as nossas ações. Nós temos hoje mais de 180 crianças matriculadas e elas não podem ser prejudicadas, por uma atitude sem compromisso com as nossas crianças”, falou
Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, a secretária de educação, garantiu o início do ano letivo.
“Os pais podem ficar tranquilos, nós nos comprometemos com o início do ano letivo na zona rural e urbana. Faremos todos os esforços para garantir o bom atendimento aos alunos. É um ano desafiador, mas acreditamos que, com o compromisso da nossa equipe e da nossa prefeita Fernanda Hassem, vamos superar as dificuldades e alcançar nossas metas para 2017”, finalizou Ramiege Rodrigues.