EUA devem criticar governo Lula e Moraes em relatório de direitos humanos

Apuração é do jornal americano The Washington Post, que obteve rascunhos do documento do governo do presidente Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) • Joédson Alves/Agência Brasil

Os Estados Unidos devem fazer críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em um novo relatório.

A apuração é do jornal americano The Washington Post, que obteve rascunhos do documento do governo de Donald Trump.

A expectativa é que o relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado seja transmitido ao Congresso dos EUA, nesta terça-feira (12).Segundo o Post, o relatório denunciará o Brasil por suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por “suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente”.

O rascunho obtido pelo jornal também traz uma menção nominal a Alexandre de Moraes, afirmando que o ministro “determinou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)”.

A reportagem ainda destacou as sanções aplicadas pelos Estados Unidos a Moraes através da Lei Magnitsky e declaração do secretário de Estado, Marco Rubio, que acusou o ministro de “graves abusos de direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias envolvendo flagrantes negações de garantias de julgamento justo e violações da liberdade de expressão”.

A reportagem do Washington Post pontua que o governo da África do Sul também está na mira do relatório, que deve apontar suposta “expropriação de terras dos africâneres e novos abusos contra minorias raciais no país”. Trump tem cobrado explicações das autoridades sul-africanas sobre suposta perseguição de fazendeiros brancos no país.

Esse será o primeiro relatório de direitos humanos do segundo mandato de Trump. Em 2024, na gestão do ex-presidente Joe Biden, o documento destacou preocupações sobre a guerra na Faixa de Gaza.

 

Fonte: CNN

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Da Redação