EUA anunciam manobras militares na Guiana após Venezuela aprovar anexação de Essequibo

Aviões militares dos dois países farão exercício conjunto nesta quinta, segundo Washington. Manobra é o primeiro movimento do Exército dos EUA na área desde que Venezuela realizou referendo pela anexação de Essequibo, território controlado pela Guiana que Caracas reivindica.

Aviões militares dos Estados Unidos sobrevoarão a região de Essequibo e o resto da Guiana em exercícios nesta quinta-feira (7), anunciou o governo norte-americano.

Este é o primeiro movimento militar dos EUA na região desde o referendo que a Venezuela realizou, no domingo (3), sobre a anexação de Essequibo, o território maior que a Inglaterra atualmente controlado pela Guiana mas que o governo venezuelano reivindica como parte de seu país.

As manobras, segundo a Embaixada dos Estados Unidos na Guiana, acontecerão em parceria com a Força Aérea guianesa e fazem parte de operações de rotina da parceria para “melhorar a segurança” local. Os dois países têm parceria militar desde 2022.

No fim de novembro, dias antes da realização do referendo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou à Guiana comandantes do alto escalão do Comando Militar dos Sul dos EUA para debater estratégias de defesa. Washington também estuda a construção de uma base militar em Essequibo.

“Este exercício baseia-se no envolvimento e nas operações de rotina para melhorar a parceria de segurança entre os Estados Unidos e a Guiana e para reforçar a cooperação regional”, declarou a Embaixada dos EUA na Guiana, em comunicado.

 

Também nesta quinta, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ligou para o presidente guianês, Irfaan Ali, para expressar apoio dos EUA à Guiana e debater a “cooperação robusta” na área de segurança.

O anúncio das manobras conjuntas também acontece um dia depois de um helicóptero militar guianês desaparecer enquanto sobrevoava Essequibo. Além de um piloto e um co-piloto, cinco oficiais do alto escalão do Exército da Guiana estavam a bordo da aeronave, segundo autoridades do país. Eles fariam uma inspeção das tropas situadas na área de fronteira.

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Publicado por
G1