“Eu quero mais é que me investiguem”, diz senador Gladson Cameli sobre Lava Jato

“Todos sabem quem eu sou e eu não teria razões para arruinar toda a minha trajetória política por conta de R$ 150 mil”, disse Cameli.

Senador Gladson Cameli

Fábio Pontes, da Agência ContilNet

Em sua primeira conversa com um jornalista após ter seu nome exposto no “listão de Janot”, o senador Gladson Cameli (PP) afirma que está com a consciência tranquila e de que muito em breve a sua inocência será provada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar disse ter ficado surpreso ao ver seu nome citado no escândalo da operação Lava Jato, e de que irá até as últimas consequências para comprovar de que não tem nenhum envolvimento com o esquema de pagamento de propina a políticos por empreiteiras com contrato com a Petrobras.

“Eu quero mais é que me investiguem mesmo. Quem não deve não teme. Ainda não sei ao certo de que sou acusado. A única informação que tenho é a mesma divulgada pela imprensa”, afirma Cameli. “Em oito anos e dois meses de vida pública jamais me envolvi em escândalos. Os acreanos conhecem a minha história e eu não irei decepcionar os meus mais de 218 mil eleitores”, ressalta o parlamentar.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Cameli faria parte de um grupo de deputados do PP que recebia entre R$ 50 mil a R$ 150 mil do esquema do petrolão. O senador nega qualquer recebimento de recursos de esquemas de corrupção. “Todas as minhas doações foram declaradas e aprovadas sem nenhuma restrição pelo Tribunal Regional Eleitoral.”

Sobrinho do ex-governador Orleir Cameli, Gladson pertence a uma das famílias mais ricas do Acre. Na campanha eleitoral foi apelidado pelos adversários de “riquinho”. A empresa de seu pai, com sede em Manaus (AM), foi sua principal doadora. “Todos sabem quem eu sou e eu não teria razões para arruinar toda a minha trajetória política por conta de R$ 150 mil”, destaca ele.

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Publicado por
Alexandre Lima