“Estamos há meses em negociação e o governo do Acre nos trata como imbecis”, diz sindicalista da saúde

Sindicalista Francinete Barros

Gina Menezes

Com uma paralisação marcada para terça-feira (18), os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) estão indignados com a falta de ação do Executivo para auxiliá-los e evitar uma greve geral.

Em entrevista à Folha do Acre, a secretária geral do Sintesac, Francinete Barros, afirmou que estão há meses em negociação e o governo os trata como “imbecis” ao negarem uma resposta.

Francinete frisou, ainda, que o sindicato reduziu as 23 pautas de reivindicações para apenas 4, mas mesmo assim ainda não foram atendidos.

“Reduzimos de 26 pautas de reivindicações para 4 e estamos vendo 2016 acabar e esses projetos não foram sequer enviados para a Assembleia Legislativa do Acre”, disse.

A sindicalista afirma também que há 60 dias foi entregue uma minuta do projeto que versa sobre reposição salarial, mas até agora nem o Legislativo e nem Executivo se manifestaram sobre o assunto.

Um dos motivos da paralisação dos servidores é para mostrar a insatisfação do conjunto dos funcionários públicos contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 e a Emenda Constitucional (EC) 241.

O presidente do Sintesac, João Batista Ferreira dos Santos, disse que o momento é delicado e precisa de muita atenção por parte do servidor, pois uma vez implementadas estas mudanças, haverá graves danos tanto ao servidor público quanto para a qualidade dos serviços do Estado, dos quais a população é usuária.

“Se essas alterações forem aprovadas, teremos sérias perdas salariais, não haverá progressão na carreira, vão aumentar a cobrança da previdência social de 11 para 14%, não haverá concursos públicos. Com isso, teremos a perda do resto de qualidade do serviço público, pois vai também diminuir os investimentos em saúde, educação e segurança. Temos de nos mobilizar contra isso”, destacou.

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Publicado por
Alexandre Lima