“Estado coloca policiais na rua, mas não dá condições para enfrentar a violência”, diz presidente da AME

Joelson durante audiência pública sobre segurança/Foto: Folha do Acre

O presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre (AME/AC), Joelson Dias, afirmou durante audiência pública que discute violência, realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que o Executivo acreano não oferece condições para enfrentamento à criminalidade.

O duro discurso de Joelson foi proferido na audiência desta quinta-feira (10), em ato realizado por conta de um requerimento do deputado Wherles Rocha (PSDB), que provocou a vinda da Comissão de Segurança Pública da Câmara ao Acre.

Joelson afirmou que o efetivo está defasado, trabalhando com armamento defasado e frisou que em seis anos o orçamento destinado à área de segurança diminuiu.

“O Estado até coloca policiais na rua, mas não dá condições para enfrentar a violência, sabemos que há casos em que policiais ficam sem carro para andar por falta de gasolina, sem contar nas diversas viaturas que ficam paradas por conta das peças que quebram, peças essas que custam em torno de R$ 100. Isso é uma vergonha”, disse.

Joelson rebateu a afirmação feita pelo subcomandante da Polícia Militar, coronel Ulisses Araújo, que afirmou que a polícia acreana possui armamentos e condições de trabalho.

“Se tivéssemos armamentos não teríamos pedido armas emprestadas para o Exército. Precisamos rever urgente a forma que se faz segurança pública. As vezes as autoridades passam uma falsa sensação de segurança e a comunidade não sabe que a qualquer momento pode estourar tudo de novo”, disse.

A respeito do orçamento da segurança pública, Joelson Dias solicitou uma atenção especial do parlamento acreano na hora de votar o orçamento para que um valor maior do recurso seja destinado à área de segurança.

“O orçamento de 2016 é menor que em 2010, sem levar em conta que a população aumentou e o crime se reiventou. Em breve o orçamento 2017 vem para esta casa e queremos que os deputados estaduais atentem para este fato. É inaceitável que a segurança pública tenha um orçamento defasado enquanto o orçamento para a publicidade aumentou em 157%”, finalizou.

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Publicado por
Alexandre Lima