Repórter da Agência Brasil
Brasília – A situação do senador boliviano Roger Pinto Molina, que está há 11 meses abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, é mantida sob sigilo pelo governo brasileiro. Porém, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (4) que teve “conversas bastante pormenorizadas” sobre o tema com as autoridades bolivianas. De acordo com ele, em um prazo de 15 a 20 dias, um grupo de especialistas se reunirá para analisar o caso do parlamentar.
Patriota participa da audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Os parlamentares querem saber detalhes sobre o processo envolvendo Pinto Molina, que é adversário político do presidente da Bolívia, Evo Morales.
Pinto Molina está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, desde o final de maio de 2012, sem previsão de deixar o local. O senador conseguiu autorização do governo brasileiro para deixar a Bolívia. Mas Morales não concedeu o salvo-conduto para o parlamentar sair do país.
O senador boliviano argumenta que sofre perseguições políticas por parte do governo Morales. Porém, as autoridades bolivianas alegam que Pinto Molina responde a uma série de ações judiciais que levantam suspeitas sobre a atuação dele no campo político.
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