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Especialista alerta para as doenças infeciosas no período de chuvas

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Em recente estudo, o estudioso identificou mais de 700 casos prováveis da enfermidade, sendo que, no mesmo período, na capital paulista, foram notificados somente 50 casos oficiais, segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

As chuvas facilitam, por exemplo, a proliferação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Foto: internet 

Com assessoria

As últimas semanas foram marcadas pelas altas temperaturas e fortes chuvas. Os temporais causam alagamentos levando a contaminação da água e, dessa forma, favorecem a transmissão de doenças infecciosas como, a leptospirose, as hepatites A e E, transmitida pelo consumo de alimentos contaminados com a água das chuvas, e a dengue, pois facilita a proliferação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Para o médico infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), Marco Iazzetti, os fatores ambientais como inundações, desastres naturais e a falta de saneamento favorecem a transmissão das doenças infecciosas. “Para se proteger as pessoas devem ter atenção a medidas simples como a higienização das mãos, lavar com água e sabão após contato com a água de enchente”, comenta o infectologista.

Ainda segundo o médico, a população deve evitar o contato com a água das enchentes, beber água filtrada ou fervida, lavar bem as frutas e as verduras; e descartar alimentos que tenham tido contato com a água contaminada. “É importante que a população mantenha as vacinas em dia, principalmente, a contra hepatite A e tétano. No caso de qualquer suspeita deve-se buscar orientação de um profissional da saúde”, orienta o médico.

Subnotificação dos casos de leptospirose

De acordo com o Ministério da Saúde a doença causou 2.711 infecções e 236 mortes, em 2023. No mundo são registrados 1 milhão de casos e cerca de 60 mil mortes por ano. Com o objetivo apoiar entidades e órgãos da saúde no mapeamento da leptospirose na cidade de São Paulo, o professor e pesquisador Bruno Miotto, do Programa de pós-graduação em Saúde Única da Universidade Santo Amaro (Unisa), tem liderado linhas de pesquisas relacionadas a bactéria leptospira.

Em recente estudo, o estudioso identificou mais de 700 casos prováveis da enfermidade, sendo que, no mesmo período, na capital paulista, foram notificados somente 50 casos oficiais, segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). “Esses dados são importantes para auxiliar órgãos de saúde na adoção de medidas preventivas voltadas especificamente para as áreas identificadas, buscando assim minimizar não somente a ocorrência da doença, mas também reduzir o seu subdiagnóstico”, pontua Miotto.

Entre os sintomas causados pela doença infecciosa aguda, estão febre alta, dor de cabeça e musculares, falta de apetite, náuseas e vómitos, sintomas esses comuns a outras doenças como gripe, dengue, febre amarela e malária. “Esse fato pode contribuir para que os casos de leptospirose deixem de ser diagnosticados e notificados. A falta de registro, por sua vez, pode dificultar o combate à doença”, comenta o professor Bruno Miotto.

Ao longo dos últimos anos, o pesquisador tem desenvolvido diversas pesquisas relacionadas à leptospirose pela Universidade, incluindo o estudo da leptospirose em cães, gatos e animais silvestres, dentro de uma perspectiva de promoção da Saúde Única, conceito que visa compreender a interconectividade entre saúde humana, saúde animal e meio ambiente.

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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