A família está sendo atendida por psicólogos e assistentes sociais do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera). Foto: cedida
Yara Paulino da Silva, 28 anos, foi espancada até a morte na tarde de segunda-feira (24) no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. O crime ocorreu após ela ser acusada de assassinar sua filha de 3 meses e jogar o corpo em uma área de mata.
A polícia suspeita que membros de uma facção tenham cometido o linchamento. Enquanto a bebê permanece desaparecida, outras duas filhas de Yara, de 2 e 10 anos, assistiram à agressão e agora estão sob os cuidados de uma tia, abrigada no Parque de Exposições Wildy Viana devido à cheia do Rio Acre.
De acordo com o Ministério Público do Acre (MP-AC), as crianças ficaram profundamente abaladas com a cena do crime e estão recebendo atendimento psicológico e social do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera).
Ainda conforme o MP, as crianças presenciaram o crime e ficaram muito abaladas emocionalmente. A família está sendo atendida por psicólogos e assistentes sociais do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera).
Além disso, segundo o MP, as equipes também estão cumprindo os trâmites para o registro civil de uma das crianças, que ainda não tem a documentação.
“Tivemos conhecimento no dia de ontem [terça, 25] desses fatos, e que os filhos, que no nosso entendimento são vítimas diretas, porque presenciaram esse crime brutal contra a mãe deles, estavam abrigados no Parque de Exposição, em virtude do fato de a tia de um deles lá se encontrar. O CAV e o Natera, então, se dirigiram até o Parque de Exposições para prestar esse atendimento humanizado, qualificado, através de suas psicólogas e assistentes sociais”, explicou.
A polícia ouviu testemunhas na noite de segunda e segue com as oitivas. Foto: arquivo
O que já foi levantado pela polícia é que a menina também não possui registro de nascimento, e que o serviço foi negado em um cartório por conta de erros nos documentos dos pais. O casal não voltou a buscar o registro.
Ainda segundo a polícia, a principal linha de investigação é que a mulher foi vítima de “disciplina” por membros de uma facção criminosa por conta da suposta morte da criança, e não de um linchamento de outros moradores.