G1
Começou na segunda (3) a oficina “Corredores Socioambientais na Amazônia Brasileira e Peruana”, que ocorre no Centro de Formação dos Povos da Floresta, da Comissão Pró-Índio do Acre, em Rio Branco. O encontro pretende trabalhar até sexta-feira (7) na produção de mapas e análise dos dados existentes para demonstrar os impactos de infraestrutura na região de fronteira do Acre com o Peru.
A coordenadora da Comissão Pró-Indio (CPI-Acre), Malu Oacha, explica que o evento pretende subsidiar as políticas públicas relacionadas à integração dos dois países. “O objetivo de toda a semana é, justamente, juntar informações sobre as possíveis ameaças, por parte dos projetos de infraestrutura, que podem ocasionar nas áreas protegidas. A ideia é que sirva de subsídio às políticas públicas, porque não podemos pensar na integração entre os dois países só na parte econômica, mas como que isso vai impactar os povos indígenas e a biodiversidade que existe nessa região”, diz.
Durante o encontro, que ocorre nesta terça-feira (4), na Biblioteca da Floresta, uma conferência com o mesmo tema da oficina para apresentar informações das pesquisas produzidas na região de fronteira entre os dois países, assim como iniciativas indígenas para a proteção dos seus territórios.
A coordenadora conta que durante a conferência, que será aberta ao público, vão ser apresentados estudo sobre o impacto de obras de infraestrutura na fronteira entre os dois países. “Será apresentada uma análise dos Impactos Socioambientais do caso da estrada Cruzeiro do Sul-Pucallpa, além da apresentação sobre o uso da cartografia indígena para a gestão territorial ambiental”, conta Malu.
O encontro é realizado pelo Grupo Técnico Geográfico Transfronteiriço Acre – Ucayali (GTGTA) foi criado em junho de 2012, constituído por dez organizações não governamentais do Brasil e do Peru. Assim como entidades do governo, como a Universidade Federal do Acre (UFAC) e a Universidade Nacional de Ucayali (UNU). O grupo trabalha no intercâmbio de experiência e informações, integrando dados para desenvolver a capacidade técnica nas regiões, para aliviar os desafios socioambientais na Amazônia peruana e brasileira.