O 5º Batalhão de Polícia Militar do Acre, localizado na cidade de Brasiléia, com muito pesar, realizou uma despedida às pressas do sargento Pedro Santos, que não resistiu ao vírus covid-19, depois de lutar pela vida por quase uma semana.
Pouco mais de uma semana atrás, o militar perdeu uma filha de 25 anos também para o vírus. Devido o Município de Brasiléia estar com o cemitério público lotado, todas as vítimas estão sendo enterrada na cidade vizinha de Epitaciolândia.
Devido o trajeto passar em frente ao Quartel da Polícia Militar, foi realizado uma última homenagem rápida ao sargento, onde contou com a presença de servidores da Polícia Militar, da reserva, Policiais Civis, Bombeiros, Cifetran e Força Nacional, além de amigos e familiares.
Sargento Pedro foi um dos militares atuantes dentro da PM. Serviu no BOPE por alguns anos na Capital e depois foi transferido para o 5º Batalhão em Brasiléia, servindo na regional do Alto Acre até a manhã desta quarta-feira.
Durante o cortejo, muito se foi questionado a demora da vacinação aos agentes da segurança pública, que estão atuando na linha de frente contra o covid-10 desde o início da pandemia.
A vacinação realizada aos agentes da Polícia Civil em Epitaciolândia nesta terça-feira (23), sendo aplaudida pela maioria dos acreanos, está sendo questionada pelo Ministério Público do Estado do Acre, e ao mesmo tempo, o Governo do Acre quer uma solução junto aos Órgãos fiscalizadores.
Na reunião virtual ocorrida nesta terça-feira com o MP, o procurador de Justiça Samy Barbosa questionou o fato de o plano não ter contemplado os profissionais de segurança no primeiro momento, destacando que o grupo é diretamente responsável pela manutenção e implementação das medidas sanitárias.
Por parte do secretário de Segurança Pública, solicitou ao MPAC uma recomendação oficial para que o Poder Executivo tenha a capacidade legal de superar o Plano Nacional de Imunização, que estabelece hierarquia para as diversas categorias profissionais.
“Entre os profissionais da Segurança do Acre, o índice, não só de infecção, como de letalidade, é muito mais alto do que entre os cidadãos em geral e mesmo superior ao observado entre os servidores de saúde. Chega a mais de 50% a mais no caso dos profissionais de segurança”, disse o secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos.