O secretário estadual de Infraestrutura e Transportes, Thiago Caetano, fez uma visita técnica ás obras da ponte do Madeira, na manhã de ontem(16), e constatou que dessa vez, as obras estão dentro do cronograma.
Ao lado de engenheiros das Arlete e da Eneicil, as duas empresas que executam os serviços, o repertório do governo do Acre, depois de atestar que faltam apenas oitenta e quatro metros para unir uma ponta a outra, não teve dúvidas em afirmar: “O isolamento do Acre está com os dias contados”, garantiu.
O otimismo de Caetano se confirma com a previsão de entrega da obra, marcada para setembro desse ano, depois de três previsões frustradas
“Estamos com todo o projeto dentro do cronograma, aguardando apenas a liberação da última parcela dos recursos para finalizar os serviços. Mesmo a obra nunca tendo parado, tivemos atrasos sim, mas os serviços em nenhum momento foram suspensos”, garantiu o engenheiro Fernando Martins, responsável pelo canteiro de obras.
Carro chefe do programa de desenvolvimento do estado, o agronegócio depende quase que exclusivamente da conclusão e entrega da ponte. É pela hidrovia do Madeira, em Porto Velho, que as empresas do agronegócio pretendem exportar as futuras safras. Hoje, com o transporte em Balsas, fica inviável explorar esse ramo, por causa dos custos da viagem. Com a ponte funcionando, o transporte de grãos ganha em agilidade e redução de custos.
“Não tem como falar em agronegócio semana entrega dessa ponte. O governador Gladson Camelí, quem foi um dos entusiastas desse projeto continua acompanhando e defendendo essa conclusão. Hoje nós dividimos as tarefas. Ele está em Brasília em busca de recursos e me designou para vir acompanhar de perto o andamento dos serviços. Estamos a poucos meses de testemunhar um ato histórico que vai tirar o Acre definitivamente da fila de espera”, disse Thiago Caetano.
Iniciada em setembro de 2014, a obra foi orçada inicialmente em R$111 milhões. Com ajustes no projeto e a construção dos acessos, o pacote total de investimentos do governo federal vai atingir os R$ 153 milhões. Aliás, quando o assunto é números da ponte do Madeira impressionam.
Quando concluída, a obra terá consumido quatro mil toneladas de cimento, vinte e quatro mil metros cúbicos de ferro. Cento e sessenta operários iniciaram na obra, que atualmente é executada por oitenta e cinco trabalhadores. As pilastras principais possuem cinquenta e oito metros de profundidade para 1.084 metros de extensão.
Segundo cálculos feitos pela Arteleste, no período do verão, o ponto mais alto da ponte vai atingir 38 metros; no inverno essa altura cai para 25 metros.
Com pista dupla, pela ponte, segundo previsão da empresa, devem passar pelo local cerca de mil veículos.
Por Jairo Barbosa para o oaltoacre.com