Por Aline Nascimento
Quase 500 pessoas fizeram exames para saber se estão com a doença de chagas após análise que atestou que o açaí vendido no Mercado Elias Mansour, no Centro de Rio Branco, está contaminado.
A Secretaria de Saúde convocou a população, que consumiu o açaí entre novembro do ano passado e janeiro deste ano no local, a fazerem os exames.
Os exames começaram a ser feitos nesta segunda-feira (4) e se estendem até o dia 18 de fevereiro no Centro de Apoio e Diagnóstico (CAD), ao lado Laboratório de Saúde do Estado (Lacen), atrás do Teatrão. O resultado é divulgado em até três dias úteis.
“Até 16h foram 420, mas chegou a aproximadamente 500. Estamos fazendo dois exames lá, da gota espessa para pessoas que tomaram há pouco tempo e, quem tomou no início de novembro, a gente faz da sorologia”, explicou a diretora de Vigilância Epidemiológica, Socorro Martins.
Ainda segundo Socorro, o resultado do exame gota espessa sai em três dias úteis. Já da sorologia demora oito dias para ficar pronto.
“Tem outras pessoas que não tomaram lá, mas em outro local e também estão fazendo por medo. Começamos hoje e quinta-feira [6] já teremos alguns resultados”, complementou.
A diretora acredita que o número de exames deve aumentar nos próximos dias no Lacen. “No primeiro dia dá bem mais. Superamos nossa expectativa, não esperávamos tanta gente, mas colocamos seis pessoas de manhã e quatro à tarde”, relatou.
Na última sexta-feira (1), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou uma análise apontando a contaminação do açaí vendido no Mercado Elias Mansour, em Rio Branco, pelo protozoário que causa a doença de chagas.
A prefeitura de Rio Branco, através Vigilância Sanitária, fez inspeção, no final do ano passado nos mercados Elias Mansour, do Quinze, Ceasa e pontos de comércio popular do Manoel Julião. Nestes pontos foram levantadas as amostras do açaí e foi identificado qual a procedência do processamento.
As amostras foram satisfatórias na maioria dos estabelecimento, com exceção dos pontos de vendas do mercado Elias Mansour, que fica na área central da cidade. Então, quem tomou açaí desse local entre novembro do ano passado a janeiro desse ano, deve fazer os exames.
A diretora de Departamento de Assistência, Jesuíta Arruda, diz que os exames devem ser feitos apenas nas pessoas que consumiram açaí vendido no Mercado Elias Mansour. Segundo ela, nenhum caso da doença de chagas foi confirmado até esta segunda-feira (4).
“Quando a pessoa for a um comércio comprar algum alimento, verifique se tem o alvará sanitário, tendo esse alvará, está liberado. A Vigilância Sanitária faz um monitoramento permanente dos serviços. Queremos frisar que não foi identificado a doença de chagas em ninguém. Esse é um trabalho preventivo”, afirmou a diretora.
Quem for fazer o exame no Lacen deve levar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e um documento de identidade com foto.