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Em Rio Branco, erosão avança e ‘engole’ parte de antiga casa noturna que fica embaixo de torre de alta tensão

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Desmoronamento ameaça destruir calçada e até levar poste de energia elétrica da Estrada Dias Martins. Proprietário do terreno falou que começou a desmontar estrutura para construção de um novo prédio.

Uma erosão já levou parte do prédio onde funcionava a antiga casa noturna Posh Club, na Estrada Dias Martins, em Rio Branco. O processo avança e já ameaça um dos postes de energia elétrica e parte da calçada. Ao lado da estrutura fica uma torre de alta tensão e já se abriu uma cratera que acumula entulho e galhos.

O espaço está desativado desde antes da pandemia, quando a direção encerrou as operações para fazer um novo projeto. A ideia é montar um pet shop no lugar.

O proprietário do prédio, Gláucio Melo, explicou que está desmontando a estrutura para uma nova edificação. Ele confirmou que existe, de fato, uma erosão no local, mas alegou que parte do buraco foi aberto por uma máquina pesada que cava o terreno para a construção de um estacionamento.

Erosão se aproxima da rua e ameaça levar poste de energia elétrica na Estrada Dias Martins — Foto: Aline Nascimento/G1

Erosão se aproxima da rua e ameaça levar poste de energia elétrica na Estrada Dias Martins — Foto: Aline Nascimento/G1

Melo contou também que já mandou fazer um projeto de construção da nova estrutura. “Como é um terreno particular, tiramos uma taxa no Crea [Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Acre] para liberação de construção e reforma para desmonte de toda a estrutura”, disse.

Ainda segundo o empresário, o projeto é construir um estacionamento na parte debaixo do terreno. Já na parte de cima, deve ser levantada uma loja grande ou quatro lojas menores. A obra está parada a pedido do engenheiro para definir se ainda é preciso cavar mais.

“Vamos ter que cavar mais. Acredito que até final de setembro deve ficar pronto. Vai ser o estacionamento embaixo, uma loja grande ou quatro lojas pequenas em cima. Ainda vamos definir”, confirmou.

Área de proteção ambiental

 

Ao G1, o chefe de Infraestrutura do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Jerônimo Santos Brasil, explicou que o terreno faz parte de uma área de proteção ambiental por conta do Igarapé Batista que passa perto do local. Uma equipe do Imac fez uma vistoria na localidade e detectou que o deslizamento ocorreu no período das chuvas por causa do aterro que foi feito no terreno anteriormente.

“Na parte mais inferior do aterro era para ter sido feita uma cortina de contenção, que é uma estrutura de concreto que segura o maciço para não escorregar e acontecer o que aconteceu ali. Maciço é a parte menos integrada ao solo, que se descola porque o solo de aterro fica muito pesado e quando está muito encharcado acaba acontecendo a erosão”, explicou.

Algumas paredes do prédio já foram derrubadas para construção de uma nova estrutura  — Foto: Aline Nascimento/G1

Algumas paredes do prédio já foram derrubadas para construção de uma nova estrutura — Foto: Aline Nascimento/G1

Segundo Brasil, a estrutura do prédio sofreu danos justamente por ter sido construída em uma área inadequada. Ele falou que será feita emitida uma recomendação, quando o proprietário for em busca das licenças e alvarás de funcionamento, para que não seja mais levantada nenhuma edificação no terreno.

“Ali não poderia [ter edificações], fizeram um aterro, o solo natural é bem mais no fundo, mais abaixo, então, ali conciliou a sobrecarrega em cima do aterro e esse processo erosivo causado pela infiltração da água no solo não agregado, de aterro e segunda qualidade”, destacou.

 

Ele confirmou que as obras no terreno estão paradas e que o Ministério Público do Acre (MP-AC) foi acionada para também acompanhar o caso. “Está tudo parado ali, só vamos agir se ele se motivar, o Ministério Público foi acionado, mas está tudo parado e enquanto estiver parado não tem como notificar, porque aconteceu um sinistro de natureza ambiental, o empreendimento parou”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com o MP-AC e aguarda retorno. O G1 aguarda também um posicionamento da Secretaria de Infraestrutura do Acre (Seinfra).

Risco geológico

 

A região faz parte das áreas de vistoria e monitoramento também da Defesa Civil de Rio Branco por ser uma localidade de risco geológico. O comandante do órgão municipal, major Cláudio Falcão, contou que foram feitas novas vistorias na região no início do ano por conta das enxurradas dos igarapés.

“Como é uma área de risco geológico, vão pedir um relatório técnico da Defesa Civil Municipal, se for o caso também da Semeia, que é para ver qualquer dano ambiental; e sendo a Defesa Civil provocada para qualquer relatório técnico e informar para o órgão competente a situação do terreno, se pertence ou não a uma área de risco. Mas, há sim uma erosão no local”, relatou.

Registro de 2013 (de cima) mostra como era o prédio da antiga boate e como está agora (de baixo) — Foto: Duaine Rodrigues e Aline Nascimento/G1

Registro de 2013 (de cima) mostra como era o prédio da antiga boate e como está agora (de baixo) — Foto: Duaine Rodrigues e Aline Nascimento/G1

Casa noturna

 

Em 2013, após o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), a casa noturna foi alvo de vistoria pelo Corpo de Bombeiros do Acre por conta da torre de alta tensão. Na época, o comando da corporação falou que o Código de Obras e Edificações do município de Rio Branco estipulava que torres de estrutura complexa (metálica ou de concreto armado) para transmissão de energia elétrica em alta tensão não deviam ser implantadas em locais que reúnem grande público.

No mesmo ano, o Ministério Público do Estado (MP-AC) requisitou oficialmente a antiga Eletrobras Distribuição Acre explicações sobre a torre de alta tensão instalada em frente a uma casa noturna.

A promotora de Justiça Alessandra Marques tinha solicitado também da administração municipal de Rio Branco cópia dos procedimentos que comprovassem a regularidade de todas as casas noturnas em até 30 dias.

Em abril daquele ano, o Corpo de Bombeiros liberou o funcionamento da boate, que estava interditada pela Prefeitura de Rio Branco desde fevereiro de 20213. O tenente coronel Albeci Coelho falou, na época, que todas as normas exigidas na interdição foram rigorosamente cumpridas e a boate podia funcionar normalmente.

Além das mudanças nas sinalizações e saídas de emergência, partes da estrutura do prédio foram demolidas para se obter um distanciamento aceitável entre a boate e a torre de alta tensão.

Por Aline Nascimento, G1 AC

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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre

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Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida 

O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.

De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.

As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.

O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.

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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso

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As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet 

O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.

As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.

Juiz da execução penal é competente

No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.

Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.

As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.

“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.

Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.

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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija

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Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.

Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.

Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.

Veja vídeo com TV Unitel:

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