Foram 1,8 mil toneladas recolhidos em seis municípios no mês de janeiro. Foto: Asscom/Deracre
Em meio a situação de emergência por conta dos casos de dengue, mais de 1,8 mil toneladas de entulho foram recolhidos nos municípios do interior do Acre em janeiro. Ao todo, seis municípios fizeram recolhimento de materiais dentro desta iniciativa e outros ainda devem participar.
A operação é executada por meio de parceria entre estado e prefeituras, através de máquinas e trabalhadores do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre) e busca eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypt.
O Acre decretou, no dia 9 de janeiro, emergência em saúde pública por conta do aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias (SRAGs). O estado, inclusive, foi o13º estado em incidência de dengue no Brasil em 2024 e o segundo maior da região Norte, ficando atrás apenas do Amapá, conforme os dados emitidos pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados até o último dia 27 de dezembro.
Já a capital acreana, Rio Branco, que teve mais de 800 notificações de casos suspeitos de dengue nos últimos 15 dias, teve decreto de emergência em saúde assinado no último dia
O secretário de Saúde, Rennan Bihts, afirmou que foi feito um levantamento em dezembro do ano passado que revelou um índice de infestação predial de 10,3%.
Após a coleta desses dados, iniciou-se o mutirão de limpeza nos bairros da capital para retirar os focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue e outras doenças.
A ação foi o pontapé na mobilização contra a doença durante o período de inverno. Segundo ele, nas últimas duas semanas, o número de notificações tem passado de 400 por semana.
“Apesar de todo esforço, observamos um crescimento das nossas notificações nas unidades de saúde. Isso chama atenção, requer medidas imediatas e o decreto nos dar a possibilidade de dar uma resposta mais rápida para a população”, disse.
Todas as idades são capazes de ter a doença. Porém, as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.