Em greve há 48 dias, professores da Ufac querem fortalecer movimento

Categoria se reúne em assembleia nesta quinta-feira (16).
Greve foi deflagrada em 29 de maio; professores pedem valorização salarial.

G1

Professores da Ufac seguem em greve por tempo indeterminado (Foto: Divulgação/Adufac)

Após 48 dias em greve, os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) não têm data para encerrar o movimento grevista. Segundo o vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), João Lima, não houve acordo com o governo e por isso a greve, deflagrada em 29 de maio, segue por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira (16), às 15h, a categoria deve se reunir em uma assembleia na sede da Adufac para ratificar o posicionamento dos trabalhadores e construir uma pauta local.

“Essa assembleia será importante porque vamos conversar e construir uma pauta local pra dialogar com as reitorias. Os reitores têm uma responsabilidade maior agora, porque precisam dialogar com a comunidade em relação aos cortes anunciados no orçamento que interferem drasticamente nas condições de trabalho e manutenção das atividades dentro da universidade. Queremos intensificar essa mobilização”, explicou Lima.

Entre as reivindicações da categoria estão a reposição das perdas dos últimos cinco anos, que seria de quase 47%. Os professores pedem ainda melhores condições de trabalho e valorização profissional.

“O governo está dizendo para esquecermos essas perdas e pensar no futuro. Isso não aceitamos. A greve continua na medida em que o governo mantém a proposta de um ajuste salarial com percentual de 21,03% escalonado em quatro anos. Eles ainda não se posicionaram sobre nossas pautas específicas, como plano de carreira, condições de trabalho e autonomia da universidade. Então, o movimento continua porque até agora o governo uma proposta satisfatória”, disse.

Greve da Ufac
Os professores da Ufac aderiram ao movimento nacional e deflagraram greve no dia 29 de maio, no campus de Rio Branco e em Cruzeiro do Sul. Dentre as reivindicações, a categoria pede melhores condições de trabalho e valorização salarial. Os docentes são contra o risco da contratação de profissionais terceirizados e defendem a autonomia da instituição.

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Publicado por
Alexandre Lima