Por Alcinete Gadelha
Devido o crescimento da curva de contágio pelo novo coronavírus no Acre, entidades médicas do estado enviaram uma carta ao governo e prefeitos dos municípios pedindo o endurecimento das medidas de combate à doença e chegou a sugerir multas para quem não usar máscaras.
O documento é assinado por membros do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Conselho Regional de Medicina (CRM-AC) e a Associação dos Médicos do Acre (Amac) e diz que o pedido ocorre devido a falta de fiscalização do governo e baixa adesão da população em atender as recomendações de isolamento social.
A porta-voz do governo, Mirla Miranda, disse que nesta segunda-feira (4), todas as questões devem ser pontuadas em novo decreto do governo.
“As entidades médicas reunidas voltam a alertar para o possível colapso de todos os serviços de saúde e consequente crescimento exponencial de mortes”, afirma o documento que também pede maior limitação ou até o fechamento de espaços públicos e estabelecimentos comerciais.
O Estado registra ainda 75 novos casos de infecção pelo novo coronavírus no Acre, nas últimas 24 horas. Portanto, o número de contaminados subiu de 658 para 733, nesta segunda-feira, 4. O número de mortos saltou de 25 para 28. As informações são do Departamento de Vigilância em Saúde, da Sesacre.
O documento alerta principalmente quanto às aglomerações que ocorrem nas filas para atendimentos bancário, que inclusive são alvo de uma investigação do Ministério Público estadual (MP-AC), e reforça que essas aglomerações só colaboram para que seja prolongada a quarentena.
“É fundamental que haja maior controle social, com penalidades severas, em caso de aglomeração em pontos de ônibus, punindo gestores e empresários que permitam o acúmulo de pessoas, com base na infração às normas sanitárias” pontua.
Em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, a prefeitura divulgou uma medida provisória que regulamenta a obrigatoriedade das máscaras de proteção como prevenção ao novo coronavírus e estabelece multa para quem descumprir a medida. Medida deve ser votada na próxima semana.