Com Acre News
O tenente coronel da reserva remunerada do Corpo de Bombeiros do Acre Arleudo Batista dos Santos, de 53 anos, recebeu o CRM essa semana, se profissionalizando, também, como médico. Ele revalidou o diploma no Brasil depois de se formar na Bolívia, pela Universidade de Pando.
A caminhada desse assisbrasilense até a carteira com registro profissional não foi exatamente a mais fácil.
São pelo menos 35 anos de muitas batalhas, iniciadas com muito atrevimento. Quando tinha 19 anos, morando na ainda bem acanhada Assis Brasil, sem enxergar um horizonte, tomou uma decisão: vir para Rio Branco a procura de estudo e seus consequentes melhores dias. Mas tinha o primeiro obstáculo: não tinha dinheiro, nem estrada. Uma cota na família garantiu a viagem dele de embarcação. Pelo rio Acre, de batelão até Brasiléia, pela estrada de chão (BR 317), esbarrou na capital.
Ao desembarcar em Rio Branco, o ainda Arleudo Batista foi para o Colégio Agrícola. Sonhava em ser ‘capa-gato’, prosaico apelido dado à época aos técnicos agrícolas. De lá, no início da década seguinte, já formado, entrou para o Corpo de Bombeiros. Mesmo com as muitas ocupações, tratou de estudar. Cursou história pela Ufac e na carreia militar foi galgando postos. Foi para a reserva como tenente coronel. Antes, porém, aproveitou enquanto estava no comando do pelotão em Epitaciolândia, para cursar medicina.
Essa semana colocou a mão no CRM, feito dificultoso. O ápice da carreira. Já está trabalhando no Mais Médico, de onde não vai se afastar mesmo tendo adquirido o CRM.
Apaixonado por política, Arleudo tem um claro sonho, o de um dia ser prefeito de sua cidade do coração Assis Brasil, sua terra natal, mas é preciso esperar a hora certa. Arleudo já foi candidato a deputado estadual duas vezes e uma de vice-prefeito na tliprice fronteira.
Enquanto os momentos não chegam, “Passei por muitas lutas, mas não desisti de buscar realizar seus sonhos e projetos. Me sinto um homem realizado”, disse a reportagem.