Edvaldo Magalhães denuncia possível superfaturamento em contratos públicos na área da saúde e educação

Na sessão desta terça-feira, dia 7 de maio, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), fez graves denúncias relacionadas a possíveis irregularidades em contratos públicos, levantando preocupações sobre o uso adequado dos recursos da saúde e da educação no estado.

Durante seu pronunciamento, o parlamentar destacou a necessidade de investigação em relação a um contrato de prestação de serviços da empresa Medtrauma. Ele citou um relatório divulgado pela Prefeitura de Cuiabá, o qual apontou um superfaturamento de até 3.000% em alguns itens desse contrato. Segundo Magalhães, “estamos diante de algo inusitado”, ressaltando a gravidade da situação.

“A mãe desse contrato lá de Cuiabá é um registro de preço feito no Acre. É a origem. Aí o filho está todo zambeta, superfaturado, etc., mas a origem do contrato está perfeita”, disse.

O oposicionista criticou a demora na divulgação de resultados de sindicâncias e a falta de transparência por parte das autoridades responsáveis. Ele destacou que, apesar das promessas de investigação, até o momento não foram apresentados relatórios conclusivos sobre as possíveis irregularidades.

“Eu não quero fazer juízo de valor. E o mesmo requerimento que estou apresentando hoje a pedido de informação eu vou mandar para a mesa pedir da Prefeitura de Cuiabá, o relatório do sindicato deles”, complementou.

Além disso, Magalhães ressaltou outra questão preocupante: a continuidade de contratos suspeitos mesmo após a constatação de irregularidades. Ele questionou a lógica de continuar pagando por serviços superfaturados e pediu ações concretas para corrigir essas situações. “A justificativa é sempre a mesma, estamos vendo, estamos estudando, estamos tomando providências, estamos não sei o que. É um absurdo. Simplesmente é um grande absurdo”, acrescentou.

O deputado encerrou seu pronunciamento fazendo um apelo à presidência da Assembleia para incluir na pauta de votação o projeto de decreto legislativo relacionado a denúncias de irregularidades na área da educação.

“Não se justifica manter uma carona da pouca vergonha depois de 10 meses, em nome do que? Dos negócios, da educação, prejudicando as empresas locais, prejudicando a economia local. Não faz sentido nenhum”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

Comentários

Compartilhar
Publicado por
A Gazeta