Deputado é contrário a este privilégio para ex-governadores
“Eu assinei a PEC como muitos outros deputados desta Casa, mas a comissão sequer emitiu um parecer, contra ou favor, e a matéria caducou”, comentou o deputado, lembrando que o presidente Elson Santiago (PEN) publicou resolução criando a comissão em 29 de agosto passado.
“Não foi preciso retirar assinaturas e nem recuar, a PEC caducou porque os deputados da comissão não se reuniram dentro do prazo”, observou Edvaldo. Para ele, ao não se atentarem para o prazo legal de 30 dias para reunir a comissão e emitir um parecer, os deputados dão a entender que não ouviram as manifestações de rua.
“O sentimento das ruas não foi ouvido, não ecoou neste Parlamento. Eu respeito a posição dos demais colegas, mas eu sou contra este privilégio para ex-governadores”, afirmou Edvaldo.
Segundo ele, os deputados precisam cuidar melhor de suas agendas para não correr o risco de serem desmoralizados e xingados nas ruas como se fossem um bando de cidadãos que não honram o voto outorgado pela população.
“Às vezes o parlamentar tem que ter posição clara em prol do povo. A pensão para ex-governadores não tem base jurídica. Sou formado em Direito e lembro que o jurista Luis Flávio Gomes, um dos maiores deste país, diz que pensão é uma ‘imoralidade infinita.’
“Nós poderíamos ter dado um grande passo votando contra ou a favor. Seria um gesto de grandeza com a população que nos critica e que faz considerações negativas nas redes sociais e blogs. Eu respeito a opinião de cada colega, mas não vou mudar a forma de pensar”, afirmou Edvaldo Souza.
O parlamentar finalizou reiterando que, enquanto cidadão, ainda não se deixou contaminar com este vírus da política. “Vou continuar defendendo o que as pessoas da rua pensam, não posso admitir que um cidadão se aposente em quatro anos ganhando R$ 25 mil mensais enquanto outros trabalham até o fim da vida para receber um salário mínimo”, concluiu.
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