Três detentos escaparam do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC), o maior do estado do Acre, durante a madrugada desta terça-feira (17). A fuga ocorreu no Pavilhão A e, segundo informações, os presos utilizaram ferros da estrutura da cela para abrir um buraco na laje, conseguindo assim deixar o local.
Ao todo, 17 detentos tentaram fugir, mas 14 foram recapturados — sendo sete detidos dentro da própria unidade e outros sete capturados na área externa por policiais penais. No entanto, três dos fugitivos conseguiram escapar e estão sendo procurados. São eles:
•Felipe de Souza Ferreira, 25 anos;
•Margarido Freire Costa, 23 anos, conhecido como “Chacal”;
•Gabriel Miranda Gonçalves, 33 anos.
Foragidos de alta periculosidade
Entre os fugitivos, destacam-se Margarido Freire e Gabriel Miranda, ambos considerados de alta periculosidade. Os dois possuem penas que somam mais de 170 anos de prisão.
Gabriel Miranda foi condenado a 104 anos e 9 meses de prisão, mas a Câmara Criminal do Acre reduziu sua pena para 92 anos. Ele foi responsabilizado por participar de um ataque ao Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em abril de 2021, que resultou em uma ação criminosa de grande impacto. O grupo, fortemente armado — incluindo o uso de fuzis —, deixou sete pessoas feridas e uma morta. Entre as vítimas está o motoboy Yuri Matheus Cavalcante, que foi executado dentro de uma lanchonete na frente de vários clientes.
Margarido Freire, conhecido como “Chacal”, foi condenado a 57 anos e 10 meses de prisão por participação na mesma ação criminosa. Além disso, ele foi responsabilizado pelo assassinato do adolescente Clever Lucas Santos da Costa, de 17 anos, ocorrido em 2021. Por esse crime, “Chacal” recebeu uma condenação de 12 anos e 6 meses de prisão.
A fuga desta terça-feira é a segunda registrada em pouco mais de um mês no Complexo Penitenciário FOC. No último 4 de novembro, seis detentos conseguiram escapar, mas apenas dois foram recapturados. Os outros quatro continuam foragidos, o que revela uma preocupação crescente com a segurança e a vigilância no sistema penitenciário estadual.
A Polícia Penal e as forças de segurança seguem em busca dos fugitivos e investigam as circunstâncias da fuga. Margarido Freire e Gabriel Miranda, pela gravidade dos crimes atribuídos a eles, são considerados extremamente perigosos.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ainda não informou quais medidas serão tomadas para reforçar a segurança no complexo e evitar novas fugas. O caso segue em investigação.