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Após os trabalhos da Operação Ghidorah, desencadeada nesta terça-feira, 23, em pelo menos cinco cidades acreanas, a Polícia Militar do Acre e o Ministério Público do Estado (MPAC) realizaram uma coletiva de imprensa para dar detalhes da operação que cumpriu 20 mandados judiciais de busca e apreensão.
Uma investigação que durou cerca de cinco meses descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior organização criminosa do Brasil proveniente de São Paulo, enviava recursos financeiros para manutenção das facções Bonde dos 13 e Ifara no Acre.
A investigação aponta que essas organizações criminosas recebiam dinheiro do PCC para manter as atuações criminosas no Acre. “Conseguimos desarticular integrantes que eram conselheiros do Ifara, lideranças do Bonde dos 13 e integrantes que possuíam funções de gerenciadores do PCC no Estado”. De acordo com a polícia e o Gaeco, alguns membros tinham atribuição de gerenciar essa relação no Estado. “Inclusive a autoria de um crime de homicídio ocorrido no Belo Jardim já foi identificada e presa ao longo dessa operação”.
Todo o material aprendido vai ser analisando e a investigação vai ser aprofundar, com objetivo de encontrar outros integrantes das organizações citadas. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Para os investigadores, o operação foi um sucesso, com 90% de resultado positivo.
O nome da Operação faz referência a uma figura da mitologia japonesa, representada por um dragão de três cabeças, e foi escolhido porque visa atingir o núcleo de três facções aliadas.