Disputa de sindicatos tem dinheiro como referência

Em nenhum momento Educação é debatida

Da agazeta.net

Os sindicatos que representam os professores do Acre estão em uma guerra jurídica por causa dos descontos do imposto sindical, no qual, cada trabalhador paga um dia de trabalho por ano e o dinheiro vai direto para as contas dos respectivos sindicatos. A briga vale a pena, pois estão em jogo R$ 1,7 milhão, referente aos anos de 2013 e 2014.

A presidente do antigo Sindicato dos Professores Licenciados (Sinplac) Alcilene Gurgel, faz duras acusações contra Rosana do Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), chegando a chamar a colega de trabalho de “pilantra”.

A briga entre as duas entidades começou em 2009, quando o Sinteac entrou com uma ação na Justiça pedindo o cancelamento do registro do Sinplac, que agora mudou para Sinproac. O argumento é que a CLT, a Consolidação de Leis de Trabalho, proíbe mais de um sindicato por categoria no mesmo estado.

Como a Justiça do Acre não havia se posicionado sobre quem ficaria com o dinheiro do imposto, as duas entidades decidiram fazer um acordo. Alcilene Gurgel mostrou um contrato assinado entre os dois sindicatos onde o Sinteac aceita ficar com 60% do dinheiro e repassar 40% para o Sinproac. O acordo foi feito para que o processo fosse arquivado e o dinheiro sacado mais rapidamente.

Segundo Gurgel, o dinheiro foi depositado na conta do Sinteac há 20 dias e quando foi buscar sua parte recebeu uma negativa como resposta. “Eu nunca esperei que a Rosana fizesse isso, antes mesmo de assinar qualquer papel havia uma pré-conversa, um acordo, no qual foi desrespeitado de forma vil”, comentou.

Já presidente do Sinteac, Rosana do Nascimento, informou que o contrato assinado entre as duas entidades não tem valor jurídico. A Justiça não aceitou o acordo disse ela que completou afirmando que o juiz do caso decidiu não aceitar a criação do Sinproac e a sentença foi favorável ao Sinteac.

“Se houve uma decisão judicial, não tem como manter um contrato que se quer foi aceito juridicamente. Isso significa que para a Justiça só existe um sindicato que representa os trabalhadores em Educação, que é o Sinteac, que nasceu há 50 anos”, disse.

Alcilene Gurgel vai entrar com uma nova ação judicial contra o Sinteac, desta vez cobrando o contrato assinado entre os dois sindicatos e quem sabe recuperar cerca de R$ 600 mil.

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Publicado por
Alexandre Lima