Diretores do Sindmed-AC flagram situação de guerra em Hospital Geral de Brasileia

Pacientes sendo atendidos sem as mínimas condições de privacidade, sofrendo com a falta de medicamentos e exames laboratoriais básicos. Esse é o cenário do Hospital Geral de Brasileia Raimundo Chaar. Os problemas, recorrentes, foram novamente flagrados no sábado (14/07) durante a visita da diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).

De acordo com o presidente do Sindmed-AC, Murilo Batista, os problemas detectados prejudicam o atendimento das pessoas que procuram a instituição em busca de saúde. Há quatro anos o estabelecimento funciona sem o suporte laboratorial para a realização de exames simples, como hemograma e urina.

“Não é possível ver um atendimento precário como esse! A população sofre e o médico também, porque está impedido de dar um diagnóstico completo, o que não poderia ocorrer, já que o hospital atende demandas de Assis Brasil, de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e da própria Bolívia”, protestou o presidente do Sindicato.

A segunda-secretária da entidade sindical, Jacqueline Fecury, também reclamou da falta de salas para o atendimento dos pacientes, que são recebidos na mesma área em que ficam alguns leitos.

“Isso favorece a propagação de vírus e bactérias e prejudica qualquer tipo de tratamento de saúde, além de ser constrangedor para o paciente que tem seu caso sendo tratado na frente de outras pessoas, sem a mínima privacidade”, alertou a sindicalista.

O primeiro-secretário Guilherme Pulici lembrou que todos os problemas já foram denunciados para o Ministério Público do Estado (MPE) e deverá ser tema de nova reclamação, queixa que será enviada também para o Conselho Regional de Medicina (CRM). Os problemas são narrados em reuniões todos os anos para a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), mas os gestores ignoram os pedidos de melhoria.

“O governo está ignorando a população e tenta postergar a resolução do problema, utilizando a promessa de inaugurar o novo hospital em breve, uma promessa eleitoreira feita todos os anos”, protestou Guilherme Pulici.

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Assessoria