Diasm Gurgel – Política, economia e atualidade

La Marijuana puede, a maconha não

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou projeto que modifica o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas. O PLC 37/2013 visa regular, entre outras coisas, a importação de maconha para uso medicinal.

Antes de Cristo

Diante da rejeição do plenário e da pressão da sociedade contra o projeto por ele apresentado, Renan ignora o texto elaborado pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), que vem sendo discutido há semanas na Casa, e desenterrar um projeto de lei de 1999.

Caiu na rede é peixe

Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora que leva seu nome, confirmou em sua delação a versão do ex-executivo da empreiteira Cláudio Melo Filho sobre pagamento de 10 milhões de reais a pedido do presidente Michel Temer (PMDB), reporta a Folha de S. Paulo.

Entendimento

Senado aprova projeto de renegociação de dívidas dos estados, Senadores acolheram sugestões negociadas com ministro da Fazenda e governadores e aprovaram suspender dívidas de estados em crise financeira; texto volta para análise da Câmara.

Esperado e merecido

A gestão tranquila do deputado Ney Amorim (PT) à frente do Poder Legislativo do Estado lhe rendeu um novo mandato para toda a atual Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado.

Quase um Renan!

O Presidente da Câmara municipal de Brasileia, lutou, lutou e conseguiu ser diplomado.

É devagar, é devagar, é devagarinho…

Assim deve iniciar o mandato de Fernanda Hassem (PT) em Brasileia, com calma e cautela.

Serve pra todos

Vejo alguns passando os pés pelas mãos, antes de entrar em campo é bom conhecer o gramado, assim é no futebol e na Politica.

Notória a diferença

Basta atravessar a ponte entre Brasileia e Epitaciolândia que percebemos a diferença entre as duas cidades, sobretudo na infraestrutura.

Menino do Papai

Quem não consegue conter o orgulho e a felicidade com o filho é o ‘manizin’, que não se cansa de falar do trabalho realizado por André.

Entrevista com Carlos Gomes Porta Voz da Rede e de Marina Silva no Acre.

Como você analisa a atual situação Política e econômica do País?

A crise econômica que vivemos hoje é em razão de dois vieses, o primeiro são as medidas erráticas e irresponsáveis adotadas pela ex-presidente Dilma juntamente do atual presidente Michel Temer, e o segundo é a crise política que não possibilita aprovar uma agenda econômica que sinalize a médio e longo prazo estancar a sangria nas contas públicas e aponte para uma melhora da nossa deficitária situação.

Como analisa o Judiciário?

Ao que parece o judiciário se contaminou com a crise política e há uma confusão entre decisão jurídica e decisão política, essa grande confusão alimenta ainda mais a instabilidade política ao relativizar crime e criminosos, não se pode ter dois pesos e duas medidas, o caso recente do julgamento do senador e presidente do Senado, Renan Calheiros, por parte do STF mostra que a crise chegou também no judiciário. É temerário que o trabalho da justiça federal, do MP, do Juiz Sérgio Moro fiquem comprometidos em razão da politização exacerbada do STF.

Para a rede e para você Carlos, o impedimento da Dilma Rousseff foi um golpe?

Não, de forma alguma, o impedimento está previsto na nossa Constituição Federal, essa narrativa de golpe é uma tentativa de reescrever a história, de inocentar criminosos, a ex presidente cometeu crimes e teve o julgamento devido, é importante também registrar que impeachment não é vingança, e não é o fato do atual presidente estar arrolado em delações, ter sido corresponsável pelos crimes da ex presidente que isso a isenta de suas responsabilidades. A lentidão da justiça é um grande gargalo no Brasil, já temos várias e fartas provas de que a chapa vitoriosa em 2014, Dilma e Temer, foi financiada com dinheiro roubado da Petrobrás, dinheiro oriundo da corrupção, e não foi ainda julgada e cassada pelo TSE.

Jorge Viana disse que a permanência de Renan na presidência do senado seria uma possível saída para a crise, você e a rede concordam com essa afirmação?

Não existe saída para a crise relativizando crimes, um réu não pode estar na linha sucessória da presidência da república, mas pode presidir o senado, o congresso nacional, é um absurdo sem igual, como pode alguém em nome da estabilidade se recusar a receber um oficial de justiça? Uma intimação de um ministro do STF? O que esperar do senador Jorge Viana que orientou Lula a desacatar um juiz para se tornar um preso político? Não é, com todo respeito ao senador, um exemplo de ponderação e muito menos de exemplo para estabilidade e saída de uma crise. Há muito lobo em pele de cordeiro na política brasileira.

Você foi candidato a prefeito de Rio Branco, para você o que faltou para que chegasse ao poder? Você disputou com grupos fortes, o financeiro fez a diferença em sua campanha?

Não disputamos o poder pelo poder, disputamos uma cidade melhor, essa disputa se deu no campo das ideias, respeitando as demais candidaturas, apresentando um programa de governo e reafirmando que existe uma geração que não aceita mais ser tutelada e negada, a nossa candidatura vem pra romper com os coronéis, com as forças políticas que se acham donas do estado, da cidade e, sobretudo, das nossas vidas. Ganhar ou perder efetivamente só a história fará esse julgamento, um exemplo foi o resultado da eleição presidencial de 2014 em que a ex presidente Dilma ganhou a eleição e a história se encarregou de registrar efetivamente o caos e a crise que se iniciou e hoje está agravada, sem falar no impeachment em seguida sofrido pela mesma. Nossa candidatura foi orgânica, programática, lutamos contra o aparelhamento do estado, contra a oposição tradicional, nunca havíamos disputado uma eleição, saímos de 0 para 8,28% dos votos válidos, uma chapa jovem, eu com 27 anos e meu vice, Gabriel Santos, com 22 anos.

A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva aparece como favorita em uma eventual candidatura em 2018, sabemos que o próximo presidente terá muito trabalho para organizar o País, tanto no campo econômico, quanto no campo político, você como pessoa próxima de Marina, afirma que ela está preparada para governar o Brasil?

Para o país sair da crise é preciso que todos colaborem, ninguém de forma isolada tem o receituário para sairmos da crise, o passo inicial, sem dúvidas, é um presidente eleito legitimamente que possa a partir do apoio popular e das medidas acertadas apontar caminhos para a superação da crise, nas campanhas de 2010 e 2014 Marina já falava da crise, da necessidade de retomar os fundamentos macroeconômicos, além de institucionalizar as conquistas sociais, diversificar a matriz energética, entre outras relevantes propostas. Sem dúvidas ela reúne muitas qualidades importantes para governar o país, a própria vida dela atesta isso, a capacidade de articulação, de proposição, de defesa do desenvolvimento sustentável, de unir campos divergentes em torno de uma construção maior, um exemplo disso é a humildade dela ao reconhecer a importância do FHC para a economia e do ex presidente Lula para o social, e isso não dirime os ex presidentes dos equívocos que cometeram em suas gestões. Nossa ex senadora reúne intelectuais das mais diversas áreas, pessoas de notório saber e de respeitabilidade por suas pesquisas e contribuições, é uma boa promessa para o futuro próximo. Marina Silva será presidente do Brasil.

A rede no Acre é independente?

Sempre foi e assim vai se manter.

Governo do Tião Viana…

Um governo ruim para a população do Estado, o pior governo da era da FPA. O Acre hoje é um dos estados mais endividados da federação o que compromete financiamentos futuros, tem uma maquina inchada, um PIB pífio, sofremos com a incapacidade produtiva do nosso Estado, trabalhadores são desrespeitados, a saúde é um caos, e a segurança pública atesta a incapacidade do governador de gerir os problemas do nosso estado.

Lava Jato…

Talvez, a grande contribuição para acabar com a impunidade de quem se esconde no foro privilegiado para fazer o que há de mais deplorável e perverso na política. A Lava jato pode contribuir para o debate sobre a necessidade de uma ampla reforma política no país. Por fim, que caiam todos os corruptores e corruptores a direta, ao centro e a esquerda, sem relativizar crimes em razão das paixões partidárias ou do lobby empresarial.

Corrupção…

Um mal estrutural, social e histórico no país, um câncer que fere de morte a nossa sofrida população brasileira.

Governo Temer…

Face da mesma moeda do governo Dilma, ambos patrocinaram juntos os crimes e a crise que vivemos, de modo que um não pode ser o problema e o outro a solução.

Aborto…

Um debate necessário, que deve ser feito com especialistas e os demais setores da sociedade, é antes de tudo uma questão de saúde pública, de planejamento familiar, de direitos sexuais e reprodutivos. Atualmente há muito senso comum que cega e torna a intolerância a única premissa possível no trato do tema, sem ao menos se dispor a escutar o contraditório e refletir mais sobre um tema tão importante.

Liberação da maconha…

Um debate que o STF ou o Congresso precisará se debruçar, me faltam elementos para uma opinião com maior profundidade, de todo modo é preciso estudar com afinco, escutar pesquisadores que têm acumulo de pesquisas sobre delicado tema. O tráfico e o ilícito são expressões da criminalização, a juventude morre na periferia, as organizações criminosas operam de forma praticamente livre, em muitos casos se colocando acima do estado, é um tema caro à sociedade brasileira.

Considerações finais…

Todos nós temos um grande desafio pela frente, que é de fiscalizar, cobrar e ocupar os espaços de poder, de representação política e controle social, por outro lado não se pode transferir sempre o ônus do caos que vivemos, a crise política, representada por um congresso deplorável na sua maioria, é reflexo da sociedade brasileira, mudar a política começa por cada um de nós, pela seriedade com a qual conduzimos nossas escolhas, e essas devem ser feitas dentro da legalidade, quando você inicia vendendo ou negociando algo em troca do voto, não se pode esperar nada além da podridão que se transformou ou se revelou em Brasília.

 

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Publicado por
Alexandre Lima