Detentos queimam colchões em ala de presídio no AC e quatro ficam feridos

De acordo com o Corpo de Bombeiros, que foi acionado para atender a ocorrência, o incêndio teria iniciado pelos próprios detentos.

No local, ficam 23 detentos que recebem tratamento médico/ psiquiátrico, quatro chegaram a se ferir e foram levados para o Pronto Socorro de Rio Branco, três deles tiveram queimaduras de primeiro grau, o detento Auricélio da Silva, de 40 anos, foi ferido no braço, face, pescoço e pernas ele teve queimaduras de segundo e terceiro grau.

Por Alcinete Gadelha

Um princípio de incêndio foi registrado na ala de saúde mental do Presídio Francisco D’oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, no começo da noite de ontem quarta-feira (29).

A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). E por, meio de nota, informou que um detento da ala de saúde mental ateou fogo em um colchão na tentativa de atingir os companheiros de cela.

“Ao percebem as chamas, os agentes penitenciários de plantão realizaram a devida contenção, impedindo que o fogo se alastrasse por toda a ala e atingisse também a Unidade de Saúde, que fica no mesmo prédio”, informou a nota do Iapen.

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Ainda de acordo com o Iapen, no local, estão recolhidos 23 presos que recebem tratamento médico/psiquiátrico. Quatro deles sofreram lesões e foram conduzidos ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).

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O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado para atender a ocorrência, fez o procedimento padrão, mas, ao chegar no local, os agentes já haviam controlado as chamas.

Os quatro detentos que estavam na cela incendiada foram conduzidos ao Pronto Socorro de Rio Branco pelo Samu e pelos agentes penitenciários.

“Os agentes penitenciários agiram rápido e controlaram as chamas. O Corpo de Bombeiros chegou e constatou lesões leves em vítimas”, informou o major Cláudio Falcão, dos bombeiros.

O major explicou que nestes casos é aplicado o procedimento padrão e são enviadas duas guarnições para agir rapidamente e, após avaliação, é pedido o reforço. No caso do FOC, não foi necessário reforço.

23 detentos que recebem tratamento médico/ psiquiátrico, quatro chegaram a se ferir e foram levados para o Pronto Socorro de Rio Branco, três deles tiveram queimaduras de primeiro grau.

Segurança reforçada

A segurança em todos os presídios do Acre foi reforçada após as mortes nas unidades de Manaus (AM). O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que pediu reforço de agentes penitenciários e alertou a Polícia Militar (PM-AC) no domingo (26), quando houve uma briga que deixou 15 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

A direção do Iapen-AC não soube precisar o quantitativo certo do reforço inserido no Acre, mas confirmou que há de dois a três agentes a mais por plantões. O diretor-presidente do Iapen-AC, Lucas Gomes, falou sobre o assunto no início da semana.

“Desde que soubemos do caso temos dado um reforço na segurança dos presídios, uma vez que é uma guerra entre organizações criminosas que também estão presentes no Acre”, informou.

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Publicado por
G1 Acre