O preso Ernesto Souza, que cumpria pena do presídio Moacir Prado em Tarauacá, foi morto estrangulado pelos próprios companheiros de cela, segundo informou o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen).
O crime ocorreu na note de quarta-feira (27) e teria sido motivado porque o preso teria mudado de facção criminosa.
“Ernesto teria migrado da organização criminosa local para a organização criminosa carioca, seguindo uma tendência que já se observou no Vale do Juruá”, diz a nota.
O Iapen destaca ainda que não descarta a suspensão de atividades rotineiras dentro dos presídios para que a ordem seja garantida dentro das unidades. A família do preso foi informada do crime ainda na noite de quarta e, segundo o Iapen, todas as medidas cabíveis foram tomadas.
Os presos que estavam na cela foram isolados e ouvidos pela polícia. Eles alegaram que Ernesto os ameaçava para conseguir levá-los para a outra facção.
A morte do detento foi confirmada pelo presidente do Iapen, Lucas Gomes.
Ao Notícias da Hora, Lucas Gomes foi taxativo ao ser questionado a respeito da morte de Neto: “positivo”.
Consta que o traficante Neto era membro do B13, facção aliada do PCC em Tarauacá. Mas, o clima dentro da facção não vinha mais agradando Neto, o que o fez migrar para o Comando Vermelho (CV).
Contra “Neto” pesam as acusações de vários crimes, entre os quais tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Ele foi preso em sua residência, localizada no bairro Avelino Leal, em setembro.
A investigação que levou Neto para a cadeia durou cerca de quatro anos, tempo em que os investigadores monitoravam o acusado diuturnamente, em busca de provas consistentes para o pedido de prisão.
NOTA DO IAPEN
O preso Ernesto Nonato da Silva Sousa foi morto na noite desta quarta-feira, 27, no presídio Moacir Prado, em Tarauacá. Ele teve morte por estrangulamento, pelos próprios companheiros de cela.
A motivação, de acordo com apurações preliminares, é de que Ernesto teria migrado da organização criminosa local para a organização criminosa carioca, seguindo uma tendência que já se observou no vale do Juruá.
A família já foi informada e as medidas cabíveis já foram tomadas.
Em decorrência dos últimos eventos, os presídios estão em situação de alerta, podendo ter atividades rotineiras suspensas para a garantia da ordem e da integridade física dos apenados.
Rio Branco – Acre, 27 de novembro de 2019.
Lucas Gomes
Presidente IAPEN