Descaso: Ponte José Augusto continua fazendo vítimas na fronteira

Acadêmica de medicina teve joelho quase dilacerado ao cair de moto nesta terça-feira (26)

Alexandre Lima

Tráfego para qualquer tipo de veículo está se tornado um caos na fronteira – Foto: Alexandre Lima

O problema já se arrasta por anos na fronteira do Acre. A ponte metálica batizada em homenagem ao saudoso José Augusto na década de 1980, já não dá mais conta de tantos carros existentes nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia e pelo que parece, tão cedo haverá solução por parte do Estado do Acre.

A responsabilidade fica por conta do Deracre, que iniciou uma reforma no ano passado e deveria terminar no mês de outubro. Segundo foi informado, a demora se deu por atraso nos pagamentos e os trabalhos que estão sendo mal feitos, vem colocando a vida de quem passa em perigo, principalmente de moto.

A cerca de uma semana, o hospital de Brasileia vem registrando  um acidente grave por dia, fora os que não são registrados por serem considerados apenas leves. Nesta terça-feira, dia 26, dois foram registrados além de problemas estruturais visíveis.

A negligencia por parte do Estado vem causando uma revolta por parte dos moradores das duas cidades. Isso sem falar das intermináveis filas que se acumulam dos dois lados e nem mesmo os policiais e agentes do Detran estão dando conta nos horários de pico.

Karina teve um corte no joelho devido os ferros colocados para segurar as pranchas podres – Foto: Alexandre Lima

A nova vítima, Karina Paula Oliveira (25), ao cair com sua moto devido as enormes brechas existentes, sofreu um corte profundo no seu joelho direito, causado por um dos ferros que deveriam segurar as tábuas podres. Ela iria para casa se preparar para ir fazer uma prova na faculdade.

Momentos depois de ser levada para o hospital, outro acidente com moto foi registrado. Desta vez, nada de grave foi registrado e em seguida, uma das pranchas velhas foi arrancada pelo peso de um caminhão.

  • Fila interminável

Para quem precisa ir de uma cidade para outra nos horários a partir das 11 às 13 horas, as vezes é melhor ir pelo lado da Bolívia. Mesmo dando uma volta três vezes maior devido a demora causada pela imensas filas de carro.

Nesta terça-feira (26), o transtorno chegou cerca de 500 metros de veículos, causando irritação sem tamanho para os motoristas. Sem data para o término da reforma que custaria pouco mais de R$ 300 mil reais, o Governo do Acre através do Deracre, vem demonstrando sua preocupação em solucionar o caso na fronteira.

Filas intermináveis em horários de pico próximos ao meio-dia – Foto: Alexandre Lima

 

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima