Brasil

Depois de reforma para garantir aprovações no Congresso, Lula defende quantidade de ministérios

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Sérgio Lima/Poder360 07.set.2023

O presidente disse ser importante que segmentos sociais estejam representados em pastas do primeiro escalão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou, nesta terça-feira (31), a quantidade de ministérios com a necessidade de integrar os grupos sociais ao governo federal. A declaração de Lula ocorre na esteira da cessão da presidência da Caixa ao economista Carlos Vieira, indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na semana passada. Em setembro, o presidente trocou os titulares de dois ministérios (Esportes e Portos e Aeroportos) para acomodar partidos do chamado centrão no governo.

“A quantidade de ministérios se faz necessária porque é importante que os segmentos da sociedade estejam representados no governo”, declarou o petista durante o programa Conversa com o Presidente.

“Vou te dar um exemplo: o Brasil tem 12% da água doce do mundo e 8.000 km de costa marítima. Você ter a Secretaria da Pesca ligada ao Ministério da Agricultura só se peixe nascesse em terra”, declarou.

“Então você cria um ministério especial para fomentar a criação de peixe, inclusive em cativeiro, para que o Brasil se transforme em um país competitivo e exportador. O Brasil hoje exporta menos que o Peru e o Chile, com muito mais costa e muito mais água”, afirmou Lula.

Ao destacar que o preconceito racial é “um problema muito sério”, o petista afirmou que criar uma secretaria especial dentro de um ministério para cuidar do tema não é suficiente, apesar de garantir a representação do grupo. “Um subsecretário pode menos do que um ministro, tem menos visibilidade. O que quero é dar visibilidade ao estrato social que compõe a sociedade brasileira. Daí os ministérios dos Direitos Humanos e da Mulher”, declarou.

Lula também classificou a questão de gênero no Brasil como “muito grave”. “Então, o ministério da Mulher é uma necessidade de fazer aquele segmento, que é a maioria da sociedade brasileira, ter um espaço em que possa dizer, reclamar, reivindicar, propor e executar políticas”, completou o presidente.

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Publicado por
R7 Notícias