Denúncias e falta de confiança marcam eleições na Venezuela

Funcionário verifica votos na eleição presidencial em Caracas (Foto: Marco Bello/Reuters)

A votação para presidente continua no final deste domingo (20) na Venezuela, depois de um dia em que algumas seções ficaram vazias e adversários do presidente Nicolas Maduro fizeram denúncias de fraude.

O processo eleitoral deveria terminar oficialmente às 18h (19h de Brasília), mas algumas escolas ficaram abertas bem depois desse horário em várias partes do país, mesmo sem filas de votantes.

Embora 20,5 milhões de pessoas estivessem aptas a votar, um grande número de abstenções deve favorecer a reeleição de Nicolás Maduro para mais 6 anos de mandato. Ainda não há um balanço oficial, mas o resultado do pleito pode sair ainda nesta noite.

O presidente Nicolás Maduro vota neste domingo (20) nas eleições presidenciais da Venezuela (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A maioria da oposição decidiu boicotar a eleição e retirou candidaturas, o que também deve contribuir para a reeleição de Maduro. Apenas Henri Fálcon, Javier Bertucci e Reinaldo Quijada seguiram com as candidaturas.

O pleito ocorreu também para cidadãos venezuelanos residentes no exterior. Em diversos países, houve protestos contra o governo de Maduro, que ocupa o cargo desde 2013, após a morte de Hugo Chávez.

A fronteira com o Brasil foi fechada ainda no sábado, para “resguardar a soberania territorial” da Venezuela e para que as Forças Armadas controlem todo território nacional, segundo explicou o cônsul-adjunto da Venezuela em Roraima, José Martí Uriana.

A medida fez com que venezuelanos procurassem rotas clandestinaspara comprar mantimentos no Brasil.

O candidato presidencial Henri Falcón vota neste domingo (20) em Barquisimeto (Foto: Carlos Jasso/Reuters)

Maduro chegou para votar pouco antes das 6h ao colégio Miguel Antonio Caro, em Caracas, ao lado da esposa, Cilia Flores, e de vários colaboradores.

“Fui o primeiro votante da pátria (…) sempre em primeiro nas batalhas pela nossa soberania, pelo direito à paz”, declarou o líder chavista.

Baixa participação

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Publicado por
G1