Defesa dos direitos: associação de médicos formados no exterior é criada no Acre

Primeira meta da associação é buscar complementação.

Depois da confusão envolvendo a prisão de dois médicos formados no exterior, na cidade de Bujari (AC) sob a acusação de exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, a revolta foi grande por parte de amigos, familiares, médicos formados ou estudantes de medicina no exterior.

Em virtude disto, a classe se mobilizou e, após muitas conversas e articulações, foi criada a Associação Acreana de Médicos Formados no Exterior (AAMFE). A criação da associação aconteceu na tarde da última segunda-feira (10) no auditório do Campus Pereira.

A criação da associação aconteceu na tarde da última segunda-feira (10) no auditório do Campus Pereira/Foto: ContilNet Notícias

Com o principal objetivo de defender os direitos de aproximadamente 400 médicos formados e cerca de 7 mil estudantes que estão no exterior, a associação deseja fortalecer a classe. A aceitação da associação já pôde ser evidenciada pelas mais de 270 pessoas que estavam no evento.

Dentre os presentes no evento, estavam médicos e pais de estudantes de medicina. O principal destino por aqueles que desejam se formar no exterior é a Bolívia.

Na ocasião, a diretoria executiva da associação foi eleita. De acordo com um dos médicos que estava no lançamento da associação, Kennedy Andrade, a categoria precisa ser fortalecida para lutar contra as injustiças e irregularidades sofridas.

“Vamos batalhar para que a categoria esteja sempre unida e fique mais fortalecida. Somos acusados de injustiças, chamados de coisas que não somos. Queremos nossos direitos”, afirma.

Primeira meta da associação é buscar complementação

Obrigatória para quem cursa medicina no exterior, a complementação de estudos será o primeiro passo a ser dado pela associação. Na tarde desta terça-feira (11), haverá uma reunião na Universidade Federal do Acre (Ufac) para que seja ofertada a complementação de estudos para a classe.

A complementação é necessária quando o estudante tem o processo indeferido em outras instituições. Isso pode ocorrer quando a documentação exigida não é entregue ou quando o currículo dos candidatos não é compatível com o da universidade em que ele solicita revalidação, o que justifica a necessidade de complementação.

A reunião acontecerá entre membros da diretoria da associação juntamente com representantes do curso de medicina da universidade.

Foto: ContilNet

Com diferencial, toda a classe pode fazer parte da gestão

A responsável pela divulgação e eventos, Michelle Góes, conversou com a reportagem da ContilNet Notícias para falar um pouco sobre a criação da nova associação.

Michelle também falou sobre alguns pontos da associação, que são diferencial. Segundo ela, a participação de todos os associados para democratização da gestão é o ponto forte.

“Mesmo com a comissão, onde há responsáveis por algumas atividades, como divulgação e eventos, aqui podemos dizer que todos têm a função de presidente”.

No “modelo de gestão por colegiado”, as diversas decisões sobre gestão são tomadas por um grupo e não mais por uma pessoa apenas.

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Publicado por
Alexandre Lima