O órgão, que deveria ter recursos para garantir a defesa das pessoas que não podem pagar um advogado, sofre até com o atraso no pagamento dos aluguéis de todos os imóveis utilizados para atender a população.
Em Cruzeiro do Sul, a defensoria fechou as portas por tempo indeterminado pela falta de condições de oferecer atendimento à população. Lá, o órgão prestava atendimento a quatro municípios com apenas uma defensora.
O presidente da Associação dos Defensores Públicos do Acre, Celso Rodrigues, diz que a falta de profissionais resulta na nomeação de advogados que cobram do governo a tabela da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), resultando em um gasto que chega a representar quase todo o orçamento dedicado para o órgão.
Caso a greve seja deflagrada, os defensores planejam atender apenas os casos de urgência que inclui pedidos de habeas corpus, audiências de réus presos e de menores infratores, medidas cautelares, mandado de segurança, contestação.
Por Ana Paula Batalha